50.000 recadastrados: A vergonha dos fatos, do apoio apenas dos corretores de seguros ao recadastramento
Foi em 23/04/2020, dois dias depois que o presidente Jair Bolsonaro revogou a MP 905/19, que a Susep lançou a Circular 602/2020. Perfeitamente adaptada para prosseguir com o recadastramento dos corretores de seguros de todo o Brasil.
Nesses dois meses o órgão regulador recebeu apoio declarado apenas dos corretores de seguros de todo o País. Infelizmente, o restante dos que poderiam apoiar, ficaram de fora. Mas dos corretores de seguros, aqueles que de fato são afetados pela medida do governo, comprovado pelos números obtidos antes do final do prazo de recadastramento, foi algo excepcional. Hoje o governo chegou aos 50 mil recadastrados, sem qualquer outra ajuda.
Com isso, o corretor de seguros provou a sua independência. Porque esses produtores não precisavam de autorização para fazer ou se manifestar quanto a questão. Provou também que a comunicação entre os corretores está mais fluída. Ademais, os corretores que se recadastraram, também, representaram a si mesmos em toda a lição que o mercado deveria tirar deste fato. Mais ainda, afirmou que concorda plenamente com o recadastramento, apesar dos erros de sistema que acompanham o desenvolvimento de uma plataforma do governo.
Nessa história, perdemos todos nós. Perdemos tempo em andarmos todos juntos. Perdeu o governo, por ter que se defender dos muitos processos e pedidos de liminares de antecipação de tutela. Aliás, o governo conseguiu, no judiciário, indeferir todos os pedidos liminares, ainda que não haja uma decisão sobre a questão principal. Perderam as seguradoras, pois no terço final do prazo, tiveram que compreender que o processo estava consolidado e que não havia um motivo maior para não ajudar no recadastramento , pois iria afetar a produção e a corretagem. Perderam os representantes da classe, também. E quem pagou tudo isso fomos nós os cidadãos e os corretores de seguros do Brasil. Afinal, quem está pagando toda essa conta
Pois bem, depois da vergonha pelo que passamos, a nossa maior necessidade, agora, é, portanto, unidos, levarmos adiante este recadastramento e fomentarmos os corretores retardatários, que ainda não fizeram o recadastramento, não perderem mais tempo. Ademais, somente os corretores individuais e o órgão de governo podem realmente comemorar os 50.000 corretores recadastrados. Mas de qualquer forma, que bom que todos compreenderam a necessidade e, pela primeira vez no processo, estão todos juntos. Mas eu repito que a desbravadora dessa questão é a superintendente Solange Paiva Vieira, que mesmo criticada por alguns, manteve a calma, disposição de fazer e um silêncio contra essas críticas, do mais alto grau de educação e plenamente alinhada com a perspectiva do governo sobre propaganda pessoal.
Armando Luis Francisco
Jornalista e Corretor de Seguros
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