Com o coronavírus (COVID-19) as empresas devem redobrar as práticas de responsabilidade que sempre defenderam
A rápida disseminação do Coronavírus que causa a doença COVID-19 nos convida a dobrar os esforços que sempre defendemos a necessidade de que fossem realizados nas empresas.
Este é um momento crucial para as empresas mostrarem ao mundo a seriedade dos preceitos e práticas de sustentabilidade, responsabilidade empresarial, ESG (Meio Ambiente, Social e Governança), diversidade e direitos humanos que tanto têm afirmado seguir ao longo dos últimos anos.
Do ponto de vista do crescimento global da disseminação do Coronavírus, entendo ser imprescindível falar sobre os pontos de atenção que as empresas devem reforçar ou até adotar a partir de agora e assim garantir a saúde e bem-estar de seus colaboradores e até do planeta.
1) Garantindo a segurança de todas e todos os funcionários. Não adianta colocar a equipe do corporativo, que representa um pequeno percentual da empresa em home office, e não pensar na grande maioria de profissionais na operação. É fundamental garantir que estes funcionários estejam sendo clinicamente avaliados, tenham acesso ao álcool gel, e potencializar a comunicação sobre as formas de prevenção.
2) Conscientizando os profissionais da empresa por meio das ferramentas de comunicação interna. Conhecimento nunca é demais e, neste caso, a empresa sabe exatamente qual a linguagem e caminho mais assertivos para que todos compreendam o cenário atual, inclusive evitando a proliferação de fake news, neutralizando a famosa rádio corredor e fortalecendo as informações dos órgãos oficiais.
3) Remunerando corretamente e dentro do prazo, especialmente os pequenos fornecedores já contratados. Parece óbvio, mas em um momento de reorganização das estruturas corporativas, nas áreas de fornecedores e de pagamentos das grandes empresas, um dos primeiros reflexos é o atraso de pagamentos. O que para pequenos fornecedores pode impactar toda a sustentabilidade do negócio.
4) Mantendo e fortalecendo a atuação social da empresa junto a comunidades pobres, favelas e públicos vulneráveis. Sabemos que a população mais pobre do Brasil é justamente a mais atingida devido à falta de acesso ao saneamento básico (água potável, tratamento de esgoto) e grandes aglomerações em pequenos espaços. Por isso, mais do que nunca é o momento de manter acesa a chama da responsabilidade social empresarial.
5) Evitando ao máximo recorrer a planos de demissões para mitigar o momento de crise. Sabemos que por vezes o momento de medo da crise dispara um gatilho de demissões em massa. Não faça isso! Aguarde, ainda estamos entendendo o cenário. Gerar um grande volume de desempregados, definitivamente não é o melhor caminho.
O cenário atual desta crise é fundamental para pensarmos e valorizarmos as pessoas. Não se trata apenas da nossa saúde física, de um possível adoecimento, mas sim da nossa saúde psíquica, mental, emocional. Da nossa capacidade de quando mais precisamos e precisam da gente, comprovarmos que sim somos humanos.
Liliane Rocha -- CEO e Fundadora da Gestão Kairós, consultoria de Sustentabilidade e Diversidade, autora do livro Como ser um líder inclusivo e premiada com o 101 Top Global de Diversidade.
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