Carta de Conjuntura: alta do dólar e pandemia afetam mercado de seguros
Nova edição do estudo, realizado pelo SindsegSP e Sincor-SP, aponta que a valorização do dólar frente ao real e a pandemia do novo coronavírus vão atingir economia e o setor
A última edição da Carta de Conjuntura do Setor de Seguros, realizada pelo Sindicato das Empresas de Seguros e Resseguros (SindsegSP) e pelo Sindicato de Empresários e Profissionais Autônomos da Corretagem e da Distribuição de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP), traz expectativas pouco positivas. A valorização do dólar frente ao real e o avanço do coronavírus tornam o cenário futuro incerto.
Nos últimos meses, o dólar teve valorização de mais de 20%, apresentando uma cotação acima de R$ 4,50, durante o mês de fevereiro, e atingindo o valor acima de R$ 5, em 16 de março.
“A alta da moeda pode ser atribuída tanto a incertezas no cenário político e econômico do País quanto ao impacto da disseminação do novo coronavírus (Covid-19) pelo mundo”, diz o editorial assinado pelos presidentes das entidades , Rivaldo Leite (SindsegSP) e Alexandre Camillo (Sincor-SP).
Na análise dos primeiros meses do ano, o estudo aponta que o setor já faturou pouco mais de R$ 10 bilhões, sem contar os ramos de saúde e DPVAT. “Os dados de 2020 só correspondem ao primeiro mês do ano, que não captaram os efeitos do coronavírus em toda a sua intensidade”, diz a Carta.
Já na separação dos ramos, o de pessoas continua a liderar, visto que conseguiu um avanço de 11%, enquanto os ramos elementares registraram crescimento de 5%, em relação ao mesmo mês do ano passado.
O estudo ainda ressalta que é difícil prever o cenário para os próximos meses, mas aponta dois efeitos. Primeiro, na área de saúde, já que os custos vão aumentar, e no seguro de vida, uma vez que dependerá de quais faixas etárias serão as mais afetadas. E segundo, em contraponto, alguns ramos podem sofrer efeito inverso como, por exemplo, menores taxas de sinistros de automóvel.
De forma indireta, o setor de seguros será atingido pela menor produção e queda no PIB nos países. As expectativas de crescimento nesse ano (e talvez do próximo) já começarão a ser ajustadas.
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