Outono e alergias: como se preparar para a temporada de crises respiratórias
Com a chegada do outono, que se estende até junho, os brasileiros enfrentam uma realidade já conhecida: o aumento das crises alérgicas. A queda das temperaturas favorece o surgimento de sintomas de rinite, sinusite e asma, frequentemente desencadeados pelo contato com ácaros, poeira, mofo e roupas de inverno que ficaram guardadas por meses.
Segundo a Asbai - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, cerca de 30% da população brasileira sofre com rinite alérgica. A doença não é contagiosa, mas pode ter fator hereditário. Um bebê que tem pais alérgicos tem entre 50% e 70% de chance de desenvolver alguma condição alérgica, inclusive rinite.
Dafne Estevão, farmacêutica da Farmais, alerta que esse período exige atenção especial, principalmente para quem já sofre com doenças respiratórias. “O tempo seco e as mudanças bruscas de temperatura podem intensificar os sintomas alérgicos. Por isso, é importante tomar algumas medidas para minimizar os impactos”, acrescenta.
Como evitar as crises alérgicas no outono?
Entre os principais cuidados estão:
- Manter a casa arejada e evitar o acúmulo de poeira em tapetes, cortinas e estofados;
- Trocar e lavar regularmente roupas de cama, preferindo secá-las ao sol;
- Usar capas impermeáveis em colchões e travesseiros para reduzir a presença de ácaros;
- Evitar ambientes com mofo e umidade, que favorecem a proliferação de fungos;
- Reduzir a exposição a odores fortes, como perfumes e produtos de limpeza agressivos;
Manter a hidratação do corpo e das vias respiratórias, usando soluções salinas ou soro fisiológico para limpar o nariz.
Uso de medicamentos: quando e como utilizar?
Para o alívio dos sintomas alérgicos, os medicamentos anti-histamínicos são os mais indicados. Eles ajudam a reduzir coceira, coriza e espirros. “Hoje, temos opções de anti-histamínicos que não causam sonolência, o que facilita o uso diário para quem precisa”, explica Dafne. Entre os mais comuns estão loratadina e fexofenadina.
Outra opção bastante utilizada são os descongestionantes nasais. No entanto, a farmacêutica faz um alerta: “Eles proporcionam alívio imediato, mas não devem ser usados por mais de uma semana, pois podem causar efeito rebote e piorar a congestão”.
Em casos mais graves, como crises asmáticas ou sintomas persistentes, é fundamental procurar um médico para avaliação e tratamento adequado.
A prevenção é o melhor remédio
O outono é um período desafiador para quem sofre de alergias respiratórias, mas pequenas mudanças de hábito ajudam a reduzir os incômodos. “Controlar o ambiente e buscar orientação profissional ao primeiro sinal de alergia são atitudes essenciais para atravessar a estação com mais qualidade de vida”, conclui Dafne Estevão.
Se os sintomas persistirem ou piorarem, consulte um profissional de saúde para a melhor conduta de tratamento.
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