Ferida na pele pode causar infecção nos ossos? Entenda o que leva à osteomielite
Infecção pode interferir na mobilidade e a fisioterapia é fundamental para a reabilitação, destaca especialista do CEUB
Você sabia que uma infecção óssea pode se desenvolver a partir de um simples ferimento na pele? Conhecida como osteomielite, a doença é uma condição séria que pode comprometer a mobilidade e a qualidade de vida do paciente se não for diagnosticada e tratada precocemente. Kelly Boscato, professora de Fisioterapia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), explica que a recuperação eficaz da infecção, que pode ter diversas origens, exige abordagem multidisciplinar.
A osteomielite é uma infecção causada por microrganismos como bactérias, micobactérias ou fungos, sendo o principal agente o Staphylococcus aureus. "A infecção ocorre quando esses microrganismos penetram no organismo através de lesões na pele, mucosas ou pela ingestão de alimentos contaminados, podendo levar a quadros clínicos graves se não tratados corretamente", alerta a especialista.
Para prevenir esse tipo de infecção, é preciso cuidado redobrado na higiene de feridas, controle de doenças crônicas, como diabetes, além da vacinação e do tratamento precoce de infecções que possam gerar ferimentos. Apesar dessas precauções, a docente do CEUB adverte que a recorrência da doença pode acontecer, principalmente em casos crônicos ou quando o tratamento inicial não é totalmente eficaz.
Tratamento com fisioterapia
O tratamento da osteomielite inclui o uso prolongado de antibióticos por via intravenosa ou oral, prescritos conforme a gravidade do caso. Como auxiliar, a oxigenoterapia hiperbárica pode otimizar a cicatrização e o combate à infecção. A fisioterapia também é fundamental na reabilitação do paciente, ajudando a preservar a mobilidade e evitar complicações. "A fisioterapia auxilia na recuperação da função do membro afetado, evitando sequelas que possam comprometer a qualidade de vida do paciente", afirma.
O momento ideal para iniciar a fisioterapia depende da gravidade e da abordagem multidisciplinar adotada pelo protocolo médico. Nos casos não cirúrgicos, quando a pele não apresenta abcessos, a intervenção precoce contribui para a manutenção da mobilidade e da funcionalidade do paciente. Já para os pacientes submetidos a cirurgias, o fisioterapeuta atua conforme a fase de recuperação, com foco na redução da dor, prevenção de contraturas, ganho de mobilidade e reabilitação funcional. "Cada paciente tem um tempo de resposta, por isso o tratamento deve ser personalizado ", explica a especialista.
Nos casos de osteomielite crônica ou recorrente, Kelly reforça que a abordagem fisioterapêutica se adapta para melhorar a funcionalidade do paciente e reduzir a dor persistente, por meio de técnicas e equipamentos que ajudam a controlar a inflamação, promover a mobilidade articular, fortalecer a musculatura e evitar deformidades. "No tratamento e combate à doença, a fisioterapia ajuda a evitar limitações e garantir que o paciente mantenha sua independência funcional".
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