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Infectologista pediátrica tira dúvidas sobre a sarna humana, diagnosticada em 12 crianças de escola em Santos

  • Crédito de Imagens:Divulgação - Escrito ou enviado por  Rogério Amador
  • SEGS.com.br - Categoria: Saúde
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Infectologista pediátrica tira dúvidas sobre a sarna humana, diagnosticada em 12 crianças de escola em Santos

Especialista orienta sobre o controle do surto da doença e suas medidas de prevenção

Um surto de escabiose, também conhecida como sarna humana, foi identificado na Unidade Municipal Escolar Emília Maria Reis, em Santos. Doze alunos e uma funcionária da escola foram diagnosticados com a doença. Em resposta, todos foram afastados de suas atividades escolares e só poderão retornar após a cura completa. O afastamento é uma medida preventiva essencial para interromper a transmissão do ácaro causador da escabiose, que se dissemina através do contato físico direto.

A Prefeitura de Santos, juntamente com a Seção de Vigilância Sanitária, realizou uma vistoria na escola no dia 20 de junho, orientando sobre a necessidade do afastamento dos afetados e encaminhando-os para tratamento nas policlínicas mais próximas. As aulas continuam normalmente, seguindo as recomendações do Departamento de Vigilância em Saúde (Devig), que assegura as condições necessárias para a proteção da saúde e bem-estar de todos os envolvidos.

A Dra. Carolina Brites, infectologista pediátrica, explica que a sarna ou escabiose é uma parasitose humana causada por um ácaro específico dos humanos. "É importante destacar que a escabiose se transmite exclusivamente entre humanos, diferentemente da sarna que pode acometer animais. A transmissão ocorre pelo contato direto com pessoas, roupas ou objetos contaminados, o que facilita a disseminação em ambientes domiciliares e escolares", afirma a especialista.

O contágio geralmente exige contato prolongado. "A contaminação costuma ocorrer entre pessoas que dormem juntas por longos períodos, como mães e bebês de colo, devido à proximidade contínua", esclarece a Dra. Brites. Ela destaca que o principal sintoma da escabiose é a coceira intensa, especialmente à noite, acompanhada de pequenas vesículas que aparecem principalmente nas mãos, axilas, pulsos, palmas das mãos, auréolas e áreas genitais, onde a umidade e a temperatura são mais elevadas.

O diagnóstico é predominantemente clínico, baseado nas características das lesões e no histórico de contato com pessoas infectadas. "Não há um exame laboratorial específico para escabiose. Em alguns casos, pode-se buscar a presença do parasita na pele, mas geralmente o diagnóstico é feito clinicamente", comenta Dra. Brites.

O tratamento da escabiose envolve o uso de medicações tópicas aplicadas por toda a pele, além de loções para minimizar a coceira. "O tratamento pode incluir também medicamentos orais, dependendo da idade da criança e da gravidade das lesões", explica a infectologista. É crucial individualizar o tratamento, avaliando cada caso de acordo com a idade e a condição clínica do paciente.

A prevenção da escabiose foca na evitação de contato com pessoas e objetos contaminados. Dra. Brites enfatiza a importância de tratar todos os indivíduos que tiveram contato direto com o paciente infectado. "Para interromper o ciclo de transmissão, todos os contatos próximos precisam ser examinados e tratados simultaneamente", ressalta.

Em resposta ao surto na escola de Santos, medidas de higiene rigorosas foram implementadas. A direção da escola intensificou a limpeza dos espaços e orientou os alunos sobre a importância da higienização das mãos com álcool em gel. Avisos informativos sobre a doença e suas formas de transmissão foram colocados na entrada da escola para conscientização de todos.

A Secretaria da Saúde, a Secretaria da Educação, a Supervisão de Ensino e o Programa Saúde na Escola estão monitorando a situação de perto. Apesar dos problemas de infraestrutura observados na unidade, ações estão sendo tomadas para garantir um ambiente seguro, incluindo a instalação de uma nova caixa d'água subterrânea e uma bomba para normalizar o fornecimento de água.

A Dra. Carolina Brites conclui ressaltando a importância da conscientização e do tratamento adequado para controlar surtos de escabiose. "Com medidas preventivas e tratamento adequado, é possível interromper a transmissão e garantir a saúde das crianças e funcionários nas escolas", finaliza.

Sobre Carolina Brites

Carolina Brites concluiu sua graduação em Medicina na Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) em 2004. Especializou-se em Pediatria pela Santa Casa de Santos entre 2005 e 2007, onde obteve o Título de Pediatria conferido pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

Posteriormente, especializou-se em Infectologia infantil pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e completou uma pós-graduação em Neonatologia pelo IBCMED em 2020. Em 2021, concluiu o mestrado em Ciências Interdisciplinares em Saúde pela UNIFESP.

Atualmente, é professora de Pediatria na UNAERP em Guarujá e na Universidade São Judas em Cubatão. Trabalha em serviço público de saúde na CCDI – SAE Santos e no Hospital Regional de Itanhaém. Além disso, mantém um consultório particular e assiste em sala de parto na Santa Casa de Misericórdia de Santos. Ministra aulas nas instituições de ensino onde é professora.

Carolina Brites CRM-SP: 115624 | RQE: 122965


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