Luta contra a Aids: 5 personagens brasileiros históricos que não resistiram à doença
A doença levou artistas como Cazuza, Renato Russo e o ator que interpretava Etevaldo do Castelo Rá-tim-bum
No início dos anos 1980, a imprensa brasileira começou a publicar uma série de reportagens sobre uma nova e desconhecida síndrome que, na época, era mortal: a Aids. Com abordagens marcadas por ignorância e preconceito, a doença a princípio era chamada de “câncer gay”. O vírus só foi descoberto oficialmente em 1983 pelo médico imunologista francês Luc Montagnier e se tornou uma das mais graves epidemias da história.
Hoje, dia 1º de dezembro, é celebrado o Dia Mundial de Combate à Aids e, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a doença pode estar próxima de ser controlada, embora haja 37,6 milhões pessoas vivendo com ela no mundo, segundo os dados mais recentes da UNIAIDS. Para que esse objetivo seja alcançado, é preciso que o mundo continue investindo em prevenção, diagnóstico e tratamento.
Tratamento e prevenção
Segundo uma publicação da Seguros Unimed, empresa que trabalha com seguro de vida e saúde, uma pessoa que contrai o vírus do HIV e recebe o tratamento adequado, provavelmente não chegará a desenvolver a Aids. Caso a carga viral seja mantida indetectável, ela também não transmitirá a doença para mais ninguém.
“Para isso, é importantíssima a adesão irrestrita ao tratamento, caso contrário, em algum momento a doença se instalará e, a partir daí, a baixa imunidade permitirá o aparecimento das doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo e que são as verdadeiras causadoras dos óbitos decorrentes da AIDS”, pontua o texto de conscientização publicado pela empresa.
Além disso, a falta de adesão ao tratamento não permite que a carga viral fique indetectável e o portador continua a transmitir o vírus a outras pessoas por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas ou de mãe para filho durante a gravidez e amamentação. Por esse motivo, a realização periódica de teste é muito importante.
5 brasileiros que marcaram a história e foram vítimas da Aids
Infelizmente, nem sempre o mundo contou com uma estrutura de tratamento como há hoje. Muitas pessoas morreram ao longo da história em decorrência da Aids, inclusive personalidades incríveis e históricas. Relembramos cinco delas, nascidas no Brasil, que lutaram contra a doença, mas não resistiram.
Henrique de Souza Filho (Henfil)
Mais conhecido como Henfil, o cartunista Henrique de Souza Filho faleceu no dia 4 de janeiro de 1988. Ele herdou da mãe um distúrbio chamado hemofilia, que impede a coagulação do sangue e faz com que a pessoa fique mais suscetível a hemorragias.
Henfil contraiu a Aids durante uma das transfusões de sangue que precisava fazer com frequência e faleceu aos 43 anos de idade.
Cazuza
No dia 7 de julho de 1990, morria, aos 32 anos de idade, um dos maiores ícones da Música Popular Brasileira (MPB) em decorrência das complicações causadas pela Aids. Agenor de Miranda Araújo Neto, conhecido como Cazuza, conquistou o Brasil com seu talento, compondo e interpretando canções marcantes.
Claudia Magno
Ela atuou em diversas novelas da TV Globo, como "Meu Bem Meu Mal", "Final Feliz" e “Felicidade”, encantando os brasileiros com suas personagens. A atriz Claudia Magno faleceu aos 35 anos de idade, no dia 6 de janeiro de 1994, por complicações do HIV.
Renato Russo
Um dos maiores nomes da música nacional, Renato Russo liderou com maestria a badalada banda Legião Urbana. Seu sucesso foi interrompido no dia 11 de outubro de 1996, também por consequência da doença. O artista tinha 36 anos de idade.
Wagner Bello (Etevaldo do Castelo Rá-tim-bum)
Quem não se lembra do lendário personagem Etevaldo, do "Castelo Rá-tim-bum", seriado da TV Cultura que fez sucesso nos anos 1990 e 2000? O responsável pelo consagrado papel era Wagner Bello, que morreu aos 34 anos de idade, também em virtude de complicações da Aids, no dia 12 de agosto de 1994, inclusive durante as gravações do programa.
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