Pessoas com fibromialgia podem sofrer mais sequelas pós Covid-19
Estudos revelam que pacientes tiveram o quadro agravado em meio à pandemia
A fibromialgia é uma doença crônica e hereditária que pode ser agravada por conta de problemas externos como, ansiedade, estresse e depressão. Com a pandemia do novo Coronavírus, esses sentimentos ficaram mais fortes e estão influenciando os portadores da enfermidade. Porém, o que causa mais preocupação é quando uma pessoa com fibromialgia contrai a Covid-19. Pesquisas mostram que essas pessoas podem piorar da fibromialgia após a infecção pelo vírus. “Os efeitos da pandemia se acentuam nos pacientes que já têm a doença devido aos impactos do isolamento social, da falta de prática de atividade física e do estresse psicológico. Além disso, alguns deles abandonaram o tratamento por medo de sair de casa", revela a reumatologista Lilian Porto.
De acordo com estudos realizados na Itália, 70% dos pacientes com fibromialgia têm sofrido com o agravamento da doença durante a pandemia. “As pesquisas no Brasil ainda estão em andamento, mas conseguimos enxergar um cenário semelhante ao do país europeu. Isso acontece provavelmente porque, em muitos casos, o tratamento teve de ser interrompido ou devido ao estresse psicológico que o isolamento social traz a estes pacientes”, afirma.
Alguns sintomas pós-Covid-19 podem permanecer por meses, principalmente no pacientes com fibromialgia. “Por exemplo, a fadiga, sintoma na fibromialgia, é um dos sinais mais relatados pelos pacientes após contágio pelo vírus. Logo, pessoas com fibromialgia podem estar mais vulneráveis à fadiga pós-covid”, explica Lilian.
Cuidados
Os portadores de fibromialgia devem redobrar os cuidados. “Evitar aglomeração, usar álcool em gel para higienizar objetos e as mãos e usar máscara. Essas práticas precisam ser rotina para todos, mas principalmente nesses grupos”, aconselha.
Além disso, é importante que os pacientes não abandonem o tratamento. “É fundamental continuar as consultas regulares, bem como, manter a prática de atividade física regularmente, não interromper as medicações e controlar os fatores estressantes'', finaliza a reumatologista.
Fonte: Lilian Porto, reumatologista da clínica DaMatta Saúde Integral
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