Hospital Amaral Carvalho participa de projeto com o Instituto Butantan para utilização de plasma sanguíneo no tratamento de pacientes com COVID-19
Unidade, por meio do Hemonúcleo Regional de Jaú, foi uma das pioneiras a utilizar o plasma convalescente para tratar o coronavírus e ficará responsável pelo armazenamento do material para aplicação em pacientes no início dos sintomas
O Hospital Amaral Carvalho (HAC) foi escolhido para integrar uma parceria com a Secretaria de Saúde do município de Jaú e o Instituto Butantan de São Paulo para auxiliar no tratamento da COVID-19 com a utilização de plasma convalescente. O convênio entre as partes deve ser assinado nos próximos dias.
O HAC foi uma das instituições pioneiras no interior do Estado de São Paulo a utilizar essa técnica para o tratamento da doença. “Quando nos deparamos com a pandemia, verificamos o que o Hemonúcleo poderia propor para ajudar no combate da Covid-19. Então, pela questão de lidarmos com plasma, começamos com a produção desse material em outubro do ano passado. Nos integramos com outros serviços de hemoterapia para a coleta e desenvolvimento desse plasma convalescente para o tratamento da doença em um momento em que poucos centros do País realizavam isso”, comenta o médico Marcos Mauad, coordenador do Hemonúcleo Regional de Jaú.
A técnica será utilizada em pacientes atendidos no Hospital São Judas e será voltada para pacientes idosos ou com comorbidades como obesidade e diabetes. Um protocolo de triagem será montado para identificação dos pacientes aptos, que devem iniciar o procedimento em até 72 horas após o início dos sintomas. “Esse alinhamento com o Butantan e a Prefeitura pode nos trazer resultados satisfatórios, já que os pacientes que têm diagnóstico precoce e com indicação para o tratamento com plasma são ambulatoriais, que são atendidos pelo município.” A unidade ficará responsável pelo armazenamento e garantia da qualidade do plasma, que será produzido no Instituto Butantan.
Tratamento
O plasma convalescente é coletado de uma pessoa que já foi infectada ou tomou vacina e, por isso, deve ter altas concentrações de anticorpos contra a Covid-19. “Nós coletamos esse plasma e utilizamos em quem está doente para diminuir a carga viral e isso, faz com que a doença tenha um curso mais leve”, explica Mauad.
A técnica já foi utilizada no combate de outras doenças como a gripe espanhola em 1918. Cidades como Araraquara e Santos já aderiram à terapia para tratamento contra à Covid-19.
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