Organização internacional realiza no Brasil melhoria de app para detecção da Covid-19
Pesquisadores criaram algoritmo de IA com precisão de aproximadamente 80% e testes clínicos estão sendo iniciados no Brasil
A detecção do vírus da Covid-19 tem se tornado foco no desenvolvimento de novas tecnologias. Pesquisadores da organização internacional sem fins lucrativos Virufy validaram seu algoritmo de machine learning com milhares de tosses da América Latina, Europa e Ásia para distinguir entre sons que SARS-CoV-2 provocam na tosse para apontar entre positivo e negativo com 80% de precisão até agora. Assim, utilizando inteligência artificial, criaram um aplicativo para smartphone que detecta em questão de minutos, se alguém tem COVID-19 a partir da análise de um registro de sua tosse.
A equipe é composta por mais de 50 pesquisadores internacionais de 25 universidades de prestígio e 20 países diferentes - incluindo Inglaterra, Japão, EUA, Argentina, Brasil, Colômbia, México e Peru e por especialistas médicos, técnicos e jurídicos de instituições como Stanford, Google e Princeton.
O projeto está dividido em duas partes aqui no Brasil: uma delas é a coleta de tosses de pessoas que apresentem sintomas semelhantes aos da COVID-19 através do site virufy.org/app. De acordo com o coordenador responsável pelos testes clínicos, Diego Carvalho, especialista em Fisiologia, o vírus traz alterações no pulmão, garganta, vias respiratórias superiores que alteram a tosse e a fala também, alterações sutis que o ouvido humano não detecta, somente mecanismos de inteligência artificial conseguem captar. As gravações servirão para treinar o algoritmo para padrões brasileiros.
Com o algoritmo treinado, a outra parte é aplicá-lo numa pesquisa com pacientes reais que apresentarem covid positivo e negativo. “Quando um paciente for ao Hospital Regional Hans Dieter Schmidt em Joinville Santa Catarina para fazer o PCR será convidado a participar da pesquisa e tossir num celular fornecido pela Virufy. Coletaremos esses dados de exames pcr e tosse e então cruzaremos os dados”, explica Diego.
A expectativa é que consigam 2000 pacientes em um mês para compor a pesquisa e há negociações em andamento com outros hospitais universitários da Paraíba, Santa Catarina e São Paulo para expandir a realização de testes clínicos. De acordo com o pesquisador, a ideia é chegar em precisão acima de 85%, parecido com os testes de antígenos encontrados em farmácias para detectar covid -19. “É uma ferramenta importante de detecção precoce, mais barata para aplicar em larga escala e a intenção da Virufy é fornecer de graça para a população”.
Embora o Virufy não substitua os testes de diagnóstico de nível hospitalar e deva ser usado junto com os sintomas e verificações de temperatura, a detecção precoce e imediata incentivará a quarentena voluntária daqueles que ainda não foram vacinados, principalmente em países em que a vacinação caminha lentamente. “É uma solução global genuína para achatar a curva em todo o mundo e acabar com essa pandemia, especialmente nos países em desenvolvimento onde não há acesso massivo aos testes e vacinas, o que torna o rastreamento e o distanciamento social mais difíceis.”disse Amil Khanzada, engenheiro de software do Vale do Silício e fundador da Virufy.
O Gerente de Extensão da Comunidade da Virufy para o Brasil, Matheus Galiza, lembra que leva apenas dois minutos para doar uma tosse por meio de um smartphone ou computador. “Recomendamos veementemente que qualquer pessoa do Brasil que tenha tenha sintomas semelhantes aos do COVID ou que tenha recentemente testado positivo para o vírus doe sua tosse. Ao fazer isso, você estará ajudando diretamente a acabar com a pandemia. ”
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Sobre a Virufy
Virufy é uma organização de pesquisa dirigida por voluntários de 25 universidades e 20 países em uma missão para deter a pandemia globalmente através do desenvolvimento de um aplicativo gratuito que detecta a contaminação por COVID através de uma simples tosse no smartphone. A consultoria da equipe inclui cientistas líderes mundiais de Stanford, Princeton e Google. Os mercados-alvo iniciais da Virufy são os países em desenvolvimento que estão lutando para controlar a pandemia, mas pretende se expandir para todas as nações do globo através do poder mundial de embaixadores One Young World.
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