O que você precisa saber sobre a queda de cabelo pós-Covid-19
O chamado Eflúvio Telógeno é comum em infecções virais e atinge 25% dos pacientes
Após a recuperação da infecção do novo coronavírus, muitos pacientes apresentam vários sintomas da Covid-19 de longa duração, como cansaço e dores de cabeça. No entanto, o mais citado é a queda excessiva de cabelos.
A redução dos fios de cabelo pós-Covid é chamada de Eflúvio Telógeno, que consiste no aumento diário da queda de cabelos, mais frequente na região próxima às têmporas, e persiste após meses depois do diagnóstico. Felizmente alguns tratamentos podem ajudar a melhorar a situação.
“A queda de cabelos atinge 25% dos pacientes que se recuperam da infecção do vírus e é chamado de Eflúvio Telógeno, que nada mais é do que a queda de cabelo aguda. Isso também foi observado em doenças como Chikungunya, Zika vírus, e outras infecções que provocam estresse mental e físico”, explica a dermaticista Patrícia Elias.
Perder os cabelos por causa de um agente infeccioso pode parecer anormal, mas isso acontece porque a queda de cabelo acentuada se manifesta como uma reação do nosso organismo ao vírus devido à falta de vitaminas.
Ao se infectar, a ingestão de vitaminas é direcionada aos órgãos para ajudar na estabilização, deixando de lado a pele e a unha, ocasionando uma modificação no ciclo capilar. Para entender melhor, é necessário compreender que entre todas as fases do ciclo capilar, existem duas muito importantes: a fase anágena e a fase telógena.
O crescimento dos fios no couro cabeludo acontece durante a fase anágena, enquanto a fase telógena é conhecida por ser uma etapa de repouso, onde a queda de cabelos é algo comum. Entretanto, mais fios entram em fase de repouso após o contato com o vírus provocando queda de cabelo em maior quantidade. “Além disso, os altos picos de cortisol devido às noites mal dormidas, má alimentação e estresse também são fatores determinantes para a perda excessiva dos cabelos”, afirma a dermaticista.
De acordo com a especialista, não há motivo para preocupação, pois a queda de cabelo após a Covid-19 é reversível. “No entanto, mesmo com tratamentos, o paciente deve esperar até seis meses para que o ciclo capilar volte a sua atividade natural. No período de recuperação, a instrução é uma higiene contínua do couro cabeludo com shampoos que reduzem o acúmulo de resíduos e que sejam menos agressivos para os fios”, esclarece a profissional.
Também é recomendado procurar por remédios que recuperem as estruturas dos novos fios, além de se atentar à alimentação. “É possível procurar em farmácias de manipulação alguns componentes que podem ser usados junto com as loções, como adenosina 0,75% e cafeína de 1 a 2%, e utilizá-los de manhã e à noite, mas é fundamental que um especialista avalie as condições de cada um, pois nenhum desses tratamentos trará um resultado positivo se o paciente não cuidar da alimentação e do nível de estresse no dia a dia. Se após alguns meses de tratamento o paciente não perceber resultados, o ideal é procurar um tricologista”, finaliza a dermaticista.
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