Pessoas com estomia enfrentam preconceitos e desconhecem seus direitos
Desinformação ainda é o grande desafio para garantir a qualidade de vida nessa condição
A estomia, também conhecida como ostomia, é o resultado de um procedimento cirúrgico que consiste na adaptação do sistema digestivo e urinário, criando um orifício externo na região do abdome. Esse processo é realizado quando o paciente apresenta um comprometimento da capacidade de eliminar resíduos ou alguma doença associada ao trato gastrointestinal ou urinário e pode ser uma alternativa temporária ou permanente.
Estimativas globais indicam que a quantidade de indivíduos ostomizados é de 0,1% da população mundial. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a estimativa é que haja cerca de 120 mil pessoas com estomia, sendo cerca de 15 mil novos casos por ano.
Para o cirurgião oncológico com título de especialista pela Associação Médica Brasileira, atual vice-presidente da regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica e Tutor Nacional da Cirurgia Oncológica do Grupo Prevent Senior (São Paulo - Brasil), Dr. Marcos Gonçalves Adriano Junior, por ser uma condição invisível, na qual a bolsa fica escondida embaixo da roupa e, muitas vezes, não é percebida, os pacientes ainda têm dificuldades de acesso a serviços comuns com atendimentos preferenciais. Segundo o decreto presidencial nº 5.296/2004, as pessoas estomizadas são reconhecidas como pessoas com deficiência, tendo direito ao passe livre em transporte coletivo, atendimento prioritário, reserva de vagas em concursos públicos e empresas privadas.
Desde 2009, a portaria 400 regulamenta a assistência a pessoa com estomia, mas muitos pontos ainda precisam ser melhorados para reinserir esse indivíduo na sociedade. “A estomia é uma solução, não um problema. Por isso, deve-se praticar a decisão compartilhada e conversar amplamente com o paciente, familiares e a equipe de saúde multidisciplinar. A desinformação ainda é uma barreira nesse processo. Além disso, é necessário um cuidado e suporte adequado no período pós operatório, uma vez que o paciente desconhece sua nova condição e seus direitos, o que impede a retomada de sua rotina”, afirma Dr. Marcos Adriano.
O Cirurgião Oncológico explica que, por ser uma alternativa não incomum em casos de câncer colorretal, esse recurso terapêutico é rotulada pela sociedade como um evento terminal. No entanto, a estomia é realizada em pessoas de todas as idades, inclusive crianças, pelos mais diversos motivos, como acidentes, doença de Crohn ou problemas congênitos. Contudo, é possível conviver com essa solução por toda a vida, apenas adaptando a rotina. Atualmente, existem bolsas coletoras, desenvolvidas com alta tecnologia que são disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde e proporcionam conforto e segurança para o paciente.
Sobre a Estomia
É o resultado de um procedimento cirúrgico que consiste na abertura de um órgão como tubo digestivo, aparelho urinário, intestino, aparelho respiratório ou qualquer outro para manter uma comunicação com o meio externo, com a colocação de uma bolsa, por exemplo, quando se trata de uma estomia na bexiga ou no intestino, para coleta de fezes, urina e gases. Esse dispositivo funciona como uma bolsa de armazenagem de líquidos e substâncias que o organismo não precisa e, por isso, precisa ser esvaziada e trocada periodicamente. A manutenção do dispositivo é simples, uma vez que ele deve ser esvaziado sempre que a capacidade da bolsa atingir a marca de 2/3, sendo higienizada com água e sabão.
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Sobre a ConvaTec
A ConvaTec é uma companhia global de tecnologias e produtos médicos, com atuação na prevenção e tratamento de feridas, cuidados em estomia, continência e cuidados críticos. Líder mundial neste segmento, a empresa disponibiliza no mercado uma gama de benefícios clínicos e econômicos, incluindo a prevenção de infecções, proteção de uma pele em risco, melhora dos resultados de pacientes e redução dos custos totais de tratamento.
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