Ultrassonografia vira importante ferramenta na triagem de casos de COVID-19
Estudo publicado por especialistas dos hospitais Samaritano Barra e Vitória, da rede Americas no Rio de Janeiro, comprova a eficácia do exame, que é mais rápido, acessível, não utiliza radiação como a tomografia e identifica achados pulmonares de COVID-19
As equipes médicas dos hospitais Samaritano Barra e Vitória, da rede Americas, no Rio de Janeiro, publicaram artigo no Journal of Cardiovascular Sciences, diário bimestral da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), relacionando exames de ultrassonografia do pulmão com os de tomografia computadorizada de tórax (TC), em um grupo de pacientes atendidos na emergência com suspeita de COVID-19. A conclusão é que as imagens ultrassonográficas podem detectar alterações pulmonares, como as descritas na tomografia, considerado o método de imagem padrão-ouro, com assertividade.
Tatiana Autran, coordenadora do serviço de ultrassonografia do Vitória e do Samaritano Barra, explica que o trabalho foi idealizado para ampliar o aprendizado das equipes no diagnóstico e manejo de uma doença muito recente e, em alguns casos, agressiva e pouco estudada ainda. Vale ressaltar que os hospitais Vitória e Samaritano Barra possuem o que há de mais moderno em seu parque tecnológico, com uma estrutura com tomógrafos e ressonância magnética de excelência. No entanto, utilizar um equipamento mais acessível partiu da ideia de verificar como a doença se manifestaria dentro do padrão das imagens do ultrassom e se o recurso também poderia seria eficaz.
“Quando pensamos em validar a ultrassonografia pulmonar como método diagnóstico na COVID-19, nosso intuito era levar o conhecimento a profissionais que atuam em hospitais em regiões mais remotas e com menos recursos, que na maioria das vezes não dispõem de tomógrafo. “Essa é uma ideia que estamos praticando: disseminar o conhecimento adquirido nesse período de maior pico. Embora estejamos ainda vivenciando a pandemia, já podemos dizer que a curva de aprendizado no diagnóstico e manejo da doença é uma conquista alcançada no enfrentamento da COVID-19”, reflete a especialista.
Mais um destaque que a médica aponta é que a ultrassonografia - por não transmitir radiação -, pode ser realizada com segurança em gestantes com suspeita de infecção por coronavírus, sem representar nenhum risco para o bebê. Após a publicação do trabalho, as instituições fizeram centenas de exames semelhantes no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) das duas unidades, o que permitiu a validação do método em pacientes graves, fornecendo informações relevantes, em tempo real, sem a necessidade de deslocamentos até o tomógrafo, o que em situações como essas exige maior cuidado.
O estudo, que foi coordenado pela cardiologista Mônica Alcântara, além da contribuição de Tatiana Autran, também contou com a participação do seguinte time de especialistas do Vitória e do Samaritano Barra: os cardiologistas Marcos Paulo Lacerda Bernardo e Rodolfo de Paula Lustosa; do chefe das emergências dos dois hospitais, Marcelo Tayah, além dos radiologistas Lúcia Antunes Chagas e Dequitier Cravalho Machado. A pesquisa na íntegra pode ser acessada no link a seguir: http://ijcscardiol.org/
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Sobre a rede Americas:
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