Doenças reumatológicas podem ter fundo genético; diagnóstico precoce é a melhor solução
Artrite reumatoide, artrose, lúpus e outras doenças podem passar de geração em geração
Doenças reumatológicas têm influência genética em muitos casos. Condições como artrite reumatoide, artrose, espondilite anquilosante, lúpus eritematoso sistêmico, artrite psoriática e até mesmo fibromialgia podem afetar membros da família de algum portador da doença e também ser transmitida por gerações.
De acordo com o Dr. Levi Jales Neto, reumatologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, uma série de estudos mostrou que há uma forte influência genética nesses casos, devendo, então, familiares de portadores de doenças reumáticas ficarem sempre atentos aos sinais. “É muito importante informar o médico e observar sintomas de dor articular, além de fazer check-up regularmente para investigar sinais da doença reumática em fase precoce”.
O diagnóstico precoce de qualquer doença reumatológica evita complicações e impede também a perda da qualidade de vida em decorrência dos sintomas. “Dor articular, principalmente nas mãos, edema e rigidez articular pela manhã, associados à dor, indicam a necessidade de avaliação médica”, explica Jales Neto. “Nas doenças autoimunes, como lúpus, costumam aparecer fadiga, perda de cabelo, manchas vermelhas no rosto, febre e emagrecimento”, alerta o especialista.
Veja abaixo o peso da genética em cada uma das doenças:
- Osteoartrite das mãos (artrose): 60% de influência genética
A osteoartrite, também conhecida por artrose, é uma doença que causa desgaste nas cartilagens articulares e também alterações ósseas. O popular “bico de papagaio”, por exemplo, pode ser consequência da doença. Dor nas articulações é o principal sintoma da doença.
- Osteoporose: até 80% de influência genética
A osteoporose acontece quando o tecido ósseo não consegue se regenerar adequadamente, o que fragiliza os ossos. No entanto, a maioria das pessoas não tem sintomas, até acontecer uma fratura. Uma dieta saudável e exercícios físicos como a musculação ajuda a prevenir essa perda óssea.
- Artrite reumatoide e lúpus: 40% a 50% de fundo genético
A artrite reumatoide é uma doença inflamatória crônica que afeta as articulações. Não se sabe a causa, mas as mulheres têm duas vezes mais chance de sofrer com a doença do que os homens. Dor, inchaço e vermelhidão nas articulações são sintomas da doença, que atinge principalmente as mãos e o punho. Já o lúpus eritematoso sistêmico, embora também seja uma doença inflamatória crônica, pode afetar órgãos importantes do corpo, como rins, pulmões e pele. Perda de apetite, febre, emagrecimento, desânimo e fraqueza são alguns dos sintomas de alerta.
- Espondilite Anquilosante: 90% dos portadores têm um marcador que indica o forte componente genético
A espondilite anquilosante é uma doença que causa inflamação na coluna vertebral e nas articulações da região sacral, e é até cinco vezes mais frequente em homens do que em mulheres. Os primeiros sintomas costumam aparecer entre 17 e 35 anos de idade e podem variar entre dores contínuas na região das costas até problemas mais graves que atingem órgãos importantes do corpo, como coração e pulmão.
- Fibromialgia: parentes de 1º grau têm oito vezes mais chance de desenvolver a doença
A fibromialgia pode tanto se manifestar isoladamente como estar associada a outras doenças reumatológicas, como a espondilite anquilosante ou artrite reumatoide. A doença provoca dor e fadiga muscular e ainda não tem cura, mas o diagnóstico precoce e o tratamento pode melhorar consideravelmente a qualidade de vida.
A reumatologia é a especialidade da medicina que trata doenças relacionadas ao sistema musculoesquelético. Entre elas estão as doenças degenerativas, como artrose, tendinite crônica, lombalgias e osteoporose. Há também as autoimunes, como lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, polimiosite, doença mista do tecido conjuntivo, síndrome de Sjogren, entre outras. Algumas doenças causadas por infecções também são tratadas por reumatologistas. É o caso da espondilite anquilosante e a artrite psoriática. No caso das idiopáticas, a fibromialgia é a doença de maior incidência nessa especialidade.
Há, porém, formas de prevenir que essas doenças reumáticas se manifestem. De acordo com o reumatologista do Hospital São Camilo, na artrose é preciso fazer fortalecimento muscular com regularidade, enquanto na osteoporose a dieta rica em cálcio – como leite e derivados – e o exercício físico com impacto, como a caminhada e musculação, ajudam a prevenir o problema. No caso das doenças autoimunes, é recomendado fazer atividade física aeróbica e evitar o cigarro. Durante uma crise, porém, o indicado é ficar em repouso.
Rede de Hospitais São Camilo
A Rede de Hospitais São Camilo é composta por quatro hospitais modernos em São Paulo. Três ficam nos bairros da Pompeia, Santana e Ipiranga, capacitados para atendimentos eletivos, de emergência e cirurgias de alta complexidade, como transplantes de medula óssea. Por sua vez, a Unidade Granja Viana é uma instituição Camiliana dedicada à assistência e saúde com atenção especial aos pacientes em cuidados continuados em reabilitação, crônicos ou paliativos. Suas instalações serão ampliadas brevemente com o objetivo de atender de forma abrangente a comunidade da região. O projeto prevê a construção de um complexo hospitalar com atendimentos de urgência, emergência, centro médico e diagnóstico para diversas especialidades. Excelência médica, qualidade diferenciada no atendimento, segurança, humanização e expertise em gestão hospitalar são os principais pilares de atuação. Hoje, a Rede de Hospitais São Camilo presta atendimento em mais de 60 especialidades, oferece ao todo 736 leitos e um quadro clínico de mais de 3,7 mil médicos qualificados. As unidades possuem importantes acreditações internacionais, como a Joint Commission International (JCI), renomada acreditadora dos Estados Unidos reconhecida mundialmente no setor e a Acreditação Internacional Canadense. A Rede de Hospitais São Camilo faz parte da Sociedade Beneficente São Camilo, uma das entidades que compreende a Ordem dos Ministros dos Enfermos (Camilianos), uma entidade religiosa presente em mais de 30 países, fundada pelo italiano Camilo de Lellis, há mais de 400 anos. No Brasil, desde 1928, a Rede conta com expertise e a tradição em saúde e gestão hospitalar.
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