Entidades de assistência e desenvolvimento social estão realizando campanhas com o intuito de reforçar a importância da realização do Teste do Pezinho nos recém-nascidos, exame gratuito para prevenir as doenças genéticas e metabólicas que podem levar à deficiência intelectual. A iniciativa recebeu o apoio do deputado Edmir Chedid (DEM) na Assembleia Legislativa.

O parlamentar, autor da Lei que tornou obrigatória a realização do Teste do Pezinho nos recém-nascidos no Estado de São Paulo, explicou que o exame deve ocorrer preferencialmente entre o terceiro e o quinto dia de vida. “O teste básico, em que são coletadas gotinhas de sangue do calcanhar do bebê, é formado por seis diagnósticos, como os de fenilcetonúria e hipotireoidismo congênito.”

Edmir Chedid afirmou que a iniciativa em apresentar um Projeto de Lei que tornasse obrigatória a realização do Teste do Pezinho partiu de uma reivindicação da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), de São Paulo. “À época, a entidade demonstrou a importância deste exame aos recém-nascidos; um exame bastante simples e que resultaria em mais qualidade de vida”, afirmou.

As campanhas das entidades de assistência e desenvolvimento social, como a da Apae, receberam o apoio do governo estadual, por meio da Secretaria da Saúde, e de instituições privadas. “Para se ter uma ideia, até mesmo a ViaMobilidade, concessionária responsável pela manutenção e operação da Linha 5-Lilás de metrô de São Paulo, se empenhou na divulgação e promoção de ações”, disse.

Exames

O Sistema Único de Saúde (SUS) é responsável pela realização de exames que podem detectar até seis doenças por meio do Teste do Pezinho. O laboratório da Apae de São Paulo, no entanto, oferece testes mais amplos, em que é possível se detectar até 50 doenças graves, incluindo as de falhas imunológicas que podem levar o recém-nascido a óbito caso não sejam tratadas precocemente.

“A aprovação do Lei que resultou na gratuidade do Teste do Pezinho foi um importante e grande avanço na saúde pública do Estado de São Paulo. Na prática, serviu também para demonstrar a importância de atividades que resultem em benefícios diretos para os usuários do Sistema Único de Saúde; serviu para demonstrar que estamos no caminho certo ao propor ações similares”, completou.