Quedas são a principal causa de internação de crianças no Brasil
Dr. Bruno Massa comenta sobre os cuidados com os acidentes infantis
O fim de junho vai se aproximando acompanhado de uma preocupação dos pais, o que fazer com as crianças nas férias? Muitas vezes, uma brincadeira inocente como correr, jogar futebol, andar de skate, patins ou bicicleta termina em uma lesão grave e acaba com as férias. Dados do Ministério da Saúde revelam que só em 2017, 51.928 crianças entre 0 e 14 anos foram hospitalizadas vítimas de quedas.
Especialista em ortopedia pediátrica, Dr. Bruno Massa alerta para os cuidados dos pais com as crianças nessa época, "Além da supervisão à criança, que deve existir independente da situação, é essencial sempre observar alguma mudança de comportamento por parte dela. Em geral, caso tenha alguma dor, seja nos pés, mãos ou em outra região do corpo, a criança poderá alterar seus hábitos, como aumentar o número de vezes em que pede colo, ou ainda não desejar andar e brincar como de costume".
Pernas e braços são partes que sofrem bastante com as quedas, e as lesões nessas regiões são inúmeras, desde um osso quebrado sendo necessária a imobilização do local até o rompimento dos ligamentos por um “simples” entorse, como foi o caso do jogador Neymar que torceu o tornozelo em sua primeira participação pela Copa América e a lesão fez com que ele fosse cortado da equipe. E se atletas de alto rendimento estão sujeitos a essas lesões, imagine crianças que brincam sem medir perigos e consequências.
Segundo o Dr. Bruno as torções são muito comuns na infância “As crianças têm o hábito de correr e brincam assim o tempo todo, o que, aliado ao pouco equilíbrio e consciência do corpo, faz com que as quedas ocorram com mais frequência. Uma corrida em solo instável, como grama, ou ainda um momento de distração pode ser suficiente para que aconteça um trauma. Outro momento de lazer que pode virar um pesadelo com trauma causado envolve a cama elástica. Além do solo instável, típico do brinquedo, o uso dela por muitas crianças de forma simultânea pode gerar o choque entre os presentes no local e, podendo acabar em lesões”.
E para que as férias da família não terminem em um hospital, o melhor cuidado é sempre a prevenção, o uso de equipamentos de proteção para brincar de skate, patins ou bicicleta por exemplo, pode evitar um acidente grave com lesões na cabeça, que pode ser fatal. Esportes como futebol, vôlei e basquete devem ser praticados com calçado adequado e em local com boas condições para as crianças, muitos espaços ficam abandonados e acabam se deteriorando com o tempo, aumentando a possibilidade de acidentes com um simples tropeço. Os cuidados em casa também são importantes, evite deixar as crianças em escadas, sacadas e lajes, use redes de proteção nas janelas, não deixe objetos pelo caminho (mesmo sendo muito difícil com crianças), tapetes pela casa também não são indicados, somente se forem antiderrapantes, nunca coloque bebê conforto em locais altos e evite deixar a criança sozinha em carrinhos e cadeiras de apoio.
Pequenas atitudes de cuidado podem tornar as férias um momento inesquecível na vida das crianças, e que seja de uma forma positiva.
Sobre DR. BRUNO MASSA
Ortopedia Pediátrica, Cirurgia do Pé e Tornozelo, Traumatologia
CRM/SP: 122617
TEOT (Titulo de Especialista em Ortopedia e Traumatologia): 11822
O ortopedista Dr. Bruno Massa tem sua especialização em ortopedia pediátrica, cirurgia do pé e tornozelo no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. É médico assistente do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Mestre em ciências médicas pela Universidade de São Paulo. É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, da Sociedade Brasileira de Ortopedia Pediátrica, da Associação Brasileira de Medicina e Cirurgia do Tornozelo e Pé e da AO Foundation. “Fellow” no “Harborview Medical Center” da Universidade de Washington em Seatle e no “Southern California Orthopedic Institute”, ambos nos EUA.
Sua especialização engloba o tratamento de doenças raras e condições ortopédicas da infância e vida adulta. É habilitado tanto para o segmento clínico dos pacientes no consultório, quanto para a realização de procedimentos cirúrgicos, quando indicados.
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