Novo medicamento trata a causa do raquitismo
Diagnóstico precoce e novo tratamento pode controlar a doença
Está chegando ao Brasil um medicamento que trata o raquitismo, doença que atinge os ossos, deixando-os fracos, moles e fazendo com que enverguem. O raquitismo ocorre em crianças e pode ser percebido quando ela começa a andar, já que o peso do corpo força os ossos das pernas a entortar para dentro, fazendo um joelho encostar no outro, ou a entortar para fora, abrindo as perninhas da criança. É chamado pelos médicos como genu valgum ou genu varum (desalinhamento do quadril e pernas).
O raquitismo hipofosfatêmico é a forma mais comum da doença no Brasil, e aparece quando os níveis de fósforo no sangue estão muito abaixo do normal. Isso acontece devido a uma substância que está em excesso nesses pacientes, o chamado FGF-23, que faz com que esses pacientes percam fósforo pela urina.
Embora seja considerada uma doença rara, a prevalência é de 1 a cada 20 mil nascidos vivos, o alerta é para o diagnóstico precoce. “As consequências do raquitismo são muito sérias, já que resulta em fraturas, deformidades, muitas cirurgias corretivas e comprometimento da estatura da criança”, alerta a Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista e diretora da Croce, clínica especializada no diagnóstico e tratamento nas áreas de Endocrinologia adulta e infantil, Alergia, Imunologia, Otorrinolaringologia e Reumatologia.
Novo tratamento - Até então, os medicamentos administrados aos pacientes eram o calcitriol e o fósforo oral para corrigir os níveis baixos do fósforo no sangue. “Agora, o novo medicamento com anticorpo monoclonal captura o FGF-23 e o neutraliza, fazendo com que o fósforo no sangue volte aos níveis normais, corrigindo a deficiência de fósforo. A criança crescerá sem as deformidades causadas pela doença”, explica Dra. Marise.
O anticorpo monoclonal para raquitismo é apresentado em forma injetável e deve ser administrado a cada duas semanas. O tratamento deve ser feito em longo prazo, já que ele é indicado para o controle da doença, que não tem cura.
A endocrinologista da Clínica Croce chama atenção para os sinais que podem despertar suspeitas sobre raquitismo: “É importante observar se a criança está apresentando déficit no crescimento e desenvolvimento, tem dificuldade de andar, se as perninhas estão ficando tortas. São sinais que podem levar a um diagnóstico precoce de uma forma de raquitismo. O endocrinologista é o especialista que cuida do raquitismo”, alerta a especialista.
Sobre a Clínica Croce – Formada por especialistas da USP e UNIFESP, desde 1973 a Clínica Croce oferece diagnóstico e tratamento nas áreas de Alergia, Imunologia, Endocrinologia, Endocrinologia Pediátrica, Otorrinolaringologia e Reumatologia.
Fundada pelo Prof. Dr. Júlio Croce, um dos primeiros médicos da Universidade de São Paulo a fazer especialização no tratamento das doenças alérgicas no Brasil e um dos fundadores da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Em 1998, ele passou a direção clínica para o Prof. Dr. Fábio F. Morato Castro, que implantou o Centro de Imunizações.
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