Têm início as obras do maior pólo aeronáutico do Centro-Oeste
Situado em Aparecida de Goiânia, com investimento total na ordem de R$ 100 milhões, o empreendimento será voltado para aviação executiva, manutenção e operações logísticas. Com mais de 2 milhões de área total, empreendimento será dividido em cinco etapas, sendo a primeira prevista para se entregue até o fim de 2024, já em operação
Começaram as obras do maior empreendimento aeroportuário do Centro-Oeste brasileiro, o Antares Polo Aeronáutico, que está sendo erguido na Região Metropolitana de Goiânia, na cidade de Aparecida de Goiânia. Com investimento total na ordem de R$ 100 milhões, o empreendimento será voltado para aviação executiva, manutenção e operações logísticas. Ao todo, serão 2,096 milhões m² de área total, dos quais cerca de 611 mil m² de área vendável, distribuídas em 455 lotes com metragens entre 1.000 m² e 1.500 m², com possibilidade de áreas maiores de acordo com a necessidade dos operadores.
Com as obras iniciadas no dia 15 de julho, o terreno do Antares recebe atualmente os trabalhos de terraplanagem. Ao todo, a construção do empreendimento será dividida em cinco fases, sendo a primeira com previsão de entrega para 2024. “A primeira fase está prevista para ser concluída em 2024, com 72 lotes entregues, pista de pouso funcionando, além de área de embarque e desembarque e toda a infraestrutura necessária para os hangares, como energia elétrica, sistema de abastecimento de água, pavimentação asfáltica e toda a área fechada com portaria monitorada”, explica o gestor da obra, o engenheiro civil Breno Luiz Rojas. Já adquiriram lotes no Antares empresas como Quick Aviação, Agrícola Cunha, H.Egídio Group, Sementes Santa Fé, Grupo Tecnoseg e Andreia Dourado.
A empresa contratada para essa primeira fase do empreendimento é a goiana Costa Brava Construtora, empresa com 34 anos de experiência em grandes obras estruturais nas áreas da indústria, logística e comercial. Segundo explica Breno Luiz Rojas, a empresa foi escolhida após a realização de um processo licitatório privado, que contou com a participação de oito empresas.
De acordo com o engenheiro civil da Costa Brava, Thiago da Cunha Brasileiro, só para este primeiro ano de obra já foram contratados cerca de 50 profissionais, entre engenheiros, motoristas de caminhões e operadores de máquinas pesadas como escavadeira hidráulica, operador de motoniveladora, de pá-carregadeira e rolo compactador. “Nossa equipe é composta por profissionais que já trabalham com a gente há muitos anos. A maioria são de Goiás, mas temos alguns de outros estados”, revela o coordenador das obras de terraplanagem no terreno do polo aeronáutico.
A Pista
Principal estrutura a ser construída no Antares Polo Aeronáutico, a pista de pouso e decolagens contará com 1.800 metros de extensão ou cumprimento, por 30 de largura, o que dá um total de 54 mil m². A pista será capaz de receber todos os modelos de aviação geral, jatos executivos, monomotores, bimotores, até o Gulfstream 650. “Já há um estudo junto ao atual projeto para verificar a possibilidade de se alargar a pista, para aumentar a capacidade de operação do aeroporto executivo”, destaca Breno Luiz Rojas, gestor da obra.
Ele explica que a pista de pouso e toda a pavimentação do empreendimento será feita com Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), que é o material mais utilizado hoje em dia em pistas de aeroportos pelo Brasil. “É um material que agrega muito mais qualidade e segurança”, completa o gestor da obra, ao explicar que serão utilizados, só nesta primeira etapa da obra, cerca de 10 mil toneladas de asfalto CBQU. “Cerca de 4.500 toneladas, quase a metade, serão usadas apenas para a construção da pista”, esclarece Breno Luiz.
Sustentabilidade
O Antares receberá voos noturnos. “A pista de pouso e decolagem e as pistas de táxi serão entregues balizadas já na primeira fase do empreendimento e já temos estudos em andamento, para que esse balizamento seja alimentado por meio da tecnologia de placas de energia solar e para que a pista receba valetas de infiltração para a drenagem da água da chuva”, explica Breno Luiz.
Contando com uma área de preservação de 160 mil m², o Antares Polo Aeronáutico já tem todos os seus projetos de engenharia e arquitetura aprovados e licenciados por todos os órgãos ambientais.
Marco para aviação
Podendo receber, já em sua primeira etapa, todos os modelos de aviação geral, o Antares Polo Aeronáutico promete ser um marco na infraestrutura portuária do País. “Os estudos feitos mostram que, além de explorar o enorme potencial do Centro-Oeste para a aviação geral, o Antares poderá reduzir significativamente a altíssima dependência que há hoje da aviação executiva em relação aos grandes aeroportos. Precisamos de mais aeroportos dedicados à aviação executiva”, afirma Rodrigo Neiva, Diretor Comercial do Antares.
O Centro-Oeste concentra grande parte da movimentação da aviação executiva no Brasil e o polo aeronáutico que está sendo construído na cidade de Aparecida de Goiânia, na Grande Goiânia, pretende absorver parte dos 63 mil pousos e decolagens realizados na região todos os anos.
Localização
Rodrigo também destaca a localização geográfica privilegiada do polo aeronáutico. “Aparecida de Goiânia converge todas as potencialidades que um projeto como esse requer. É altamente industrializada e está no coração do país, a 210 quilômetros do DF [Distrito Federal]. É um polo que está sendo construído próximo a dois aeroportos internacionais, o de Brasília e o de Goiânia. Também teremos acesso fácil com modais de transporte rodoviários e ferroviários. Portanto, será um empreendimento que irá agregar significativamente à economia goiana, e irá consolidar a vocação de Aparecida de Goiânia para ser uma smartcity”, argumenta Rodrigo Neiva.
O empreendimento deve atrair empresas de táxi aéreo, serviço aeromédico, manutenção, hangaragem, escolas para formação de pilotos e estrutura de apoio, com comércio, restaurantes e hotel. A expectativa é atrair também indústrias, em especial fábrica de peças aeronáuticas, turbinas e motores para aviação, entre vários outros. Além de empresas voltadas para o segmento de logística.
O projeto do polo aeronáutico é capitaneado pelo grupo empreendedor formado pelas empresas Tropical Urbanismo, Innovar Construtora, CMC Engenharia, BCI Empreendimentos e Participações e RC Bastos Participações.
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