Aumento das passagens: como se adequar a essa realidade
O início do ano já chega com uma novidade nada positiva para a população da cidade de São Paulo. A tarifa básica do transporte público coletivo por ônibus passará dos atuais R$ 4,00 para R$ 4,30 a partir de 0h de 7 de janeiro de 2019. Já o aumento das passagens do Metrô e CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), também para R$ 4,30, passará a valer a partir de 13 de janeiro.
Com isso, a população que usa esse transporte em São Paulo, irá sentir um impacto de 7,5%, índice que é mais que o dobro da inflação de 2018 em 3,69%, segundo projeção do Banco Central.
Veja como ficam as novas tarifas de transporte público na cidade de São Paulo:
Tarifa básica: de R$ 4,00 para R$ 4,30
Bilhete Único: de R$ 4,00 para R$ 4,30
BOM: de R$ 4,00 para R$ 4,30
Escolar: de R$ 2,00 para R$ 2,15
Bilhete Único Integrado: de R$ 6,96 para R$ 7,48
Fidelidade 8: de R$ 29,50 para R$ 31,71
Exclusivo Mensal Comum: de R$ 194,30 para R$ 208,90
Exclusivo 24 Horas Comum: de R$ 15,30 para R$ 16,40
Integrado Mensal Comum: de R$ 307,00 para R$ 323,80
Integrado 24 Horas Comum: de R$ 20,50 para R$ 21,60
À primeira vista o aumento de 30 centavos pode não parecer tão significativa, mas se pensarmos em uma família de cinco pessoas, que depende de um desses meios de transporte pelo menos duas vezes ao dia, isso significará um custo a mais de R$ 90 ao mês, ou R$ 1.080 ao ano, um gasto considerável.
Para absorver esse valor, mais uma vez será preciso para as famílias muito planejamento, impedindo que isso impacte diretamente no orçamento, levando à inadimplência. O primeiro passo é repensar o uso do transporte, evitando principalmente viagens desnecessárias, fato bastante complexo, sendo que o brasileiro depende muitas vezes do ônibus lotados para ir ao trabalho, escola e outros afazeres.
Outra medida a ser tomada é repensar todos os gastos para ver como poderá absorver esses novos valores com um menor impacto. Lembro que na maioria das vezes existem desvios de dinheiro em áreas que nem percebemos, como uma tarifa bancária cobrada erroneamente, ou mesmo uma assinatura de telefone que está em débito automático e não percebemos.
Outra forma de economizar é analisar os excessos em casa, reduzindo tarifas como energia, água e telefone, repensando os hábitos de consumo. Muitas vezes ao fazer essa análise se observará que o sacrifício não terá que ser tão grande e que conseguirá economizar até mais do que os valores desse aumento.
Enfim, o aumento está aí e, lamento informar, que não será o único. Por isso ou as famílias se planejam, ou os impactos serão muito maiores, podendo levar até mesmos à inadimplência, em função dessa ‘pequena’ alteração de valor.
Reinaldo Domingos, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin – www.abefin.org.br) e da DSOP Educação Financeira (www.dsop.com.br). Autor de diversos livros sobre o tema, como o best-seller Terapia Financeira.
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