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Sem mesmo saber

A covid-19 marcou um dos maiores desafios do século 21. Surgindo em 2019, na cidade chinesa de Wuhan, a doença espalhou-se rapidamente por diversos países.

Em 2020, a Organização Mundial de Saúde declarou a pandemia global, que causou um impacto mundial.

O sistema de saúde ficou sobrecarregado, a economia sofreu interrupção de cadeias de suprimentos, o desemprego aumentou de forma assustadora.

Declarado o distanciamento social, o lockdown, os abalos foram profundos.

Houve necessidade de alterar hábitos e costumes.

Foram quase três anos de transtornos, de medo, de pavor. A possibilidade de contaminação, a eventual morte pelo vírus, as sequelas remanescentes.

A transformação digital se acelerou. Surgiu o trabalho remoto e a telemedicina.

Embora estivessem disponíveis aplicativos, plataformas e várias outras ferramentas, desde muito tempo, foi durante a crise pandêmica que tudo se tornou comum.

As escolas ofereceram aulas on-line, as famílias criaram grupos e comunidades para se comunicarem, reuniões à distância se tornaram frequentes.

Para suprir a impossibilidade de frequência aos templos religiosos, as doutrinas instituíram atividades on-line. E todos, mesmo quem jamais mexera em um computador ou um celular, principiaram a delas se beneficiar.

Pessoas isoladas, com traumas pela perda de seres queridos, ou confinadas em seus lares, passaram a ter acesso a palestras que lhes supriam a falta dos cultos presenciais.

Orações em horários pré-agendados, reunindo dezenas e até milhares de almas; palestras que ofereciam apoio moral, que ilustravam mentes, que falavam de esperança, se multiplicaram.

E aquelas duas irmãs descobriram um canal na internet, tornando-se telespectadoras, mais de uma vez na semana.

A instituição generosa da capital baiana entrava em seus lares, noite após noite. E as orientações daquele homem, que falava de fé, de um mundo melhor, de que tudo passa nesta Terra, as foram conquistando.

Descobriram uma doutrina religiosa diferente da que professavam. Ouviram falar de instituições que tinham por objetivo espalhar aquelas verdades.

Então, quando a covid-19 diminuiu a intensidade de suas incursões nas vidas humanas, elas decidiram doar um bem imóvel, de sua propriedade.

Buscaram, em sua cidade, uma dessas organizações e a beneficiaram com a doação de uma casa.

Nas tratativas legais, uma pergunta surgiu por parte dos representantes da entidade contemplada: Por que a doação se nem eram afeiçoadas à doutrina que a instituição representa?

A resposta foi imediata:

Nós ouvimos o orador. Conhecemos a doutrina, o que defende, o que ensina, o que professam seus seguidores. Encantamo-nos. Para que possam abrir mais um desses lugares de instrução, de acolhimento e oração, decidimos doar a casa.

O nome do orador? Divaldo Pereira Franco, baiano da Mansão do Caminho, do Centro Espírita Redenção.

Ele nem imagina que teve essa contribuição. Como disse alguém: Mesmo sem querer, ele espalha ideias e semeia benefícios a terceiros.

O semeador espalha as sementes... que caem em terra boa e produzem frutos.

Redação do Momento Espírita
Em 20.11.2024


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