Indústria de asset management avança na retomada de crescimento, aponta a KPMG
A KPMG realizou um levantamento analisando os quatro padrões de retomada dos 40 principais setores da economia brasileira após um ano de início da pandemia da covid-19. Segundo estudo, o setor de asset management está no estágio chamado "transformar para emergir", onde as empresas estão passando por um momento de grande transformação. Na primeira edição da pesquisa realizada em abril do ano passado, o segmento estava fase chamada "retorno ao normal" em que as indústrias sofreram os efeitos da recessão e do distanciamento social dos investidores.
Com relação à nova realidade para o setor de asset management, o relatório apontou as seguintes:
• Modelo de negócios: será voltado para proposta de valor, relação com os investidores, formas de distribuição e práticas de ESG (da sigla em inglês para meio ambiente, social e governança). Como priorizar e quantificar a gestão, produtos e soluções digitais para minimizar o efeito da redução das interações com os investidores.
• Modelo operacional: focará em inovação e agilidade estratégica. O novo modelo deve também endereçar as atividades básicas para o segmento, sendo elas, a distribuição, com os seguintes focos: redesenho das funções dos intermediários e a da retaguarda (middle e backoffice) dentro de uma gestora, administradora de recursos ou plataforma de investimentos, usando tecnologias emergentes para custódia, valorizações e reconciliações; estabelecimento de uma forte base de dados analíticos para a tomada de decisões estratégicas; reestabelecimento da real necessidade da força de trabalho para o futuro.
• Mudanças de hábitos dos investidores: investidores irão mudar vários valores, sendo eles, a preocupação com a saúde física e mental; tempo a ser despendido com família e amigos; como ganhar, poupar e gastar o dinheiro; preocupação com ESG e investimentos de impacto social. Enquanto durar distanciamento social, canais digitais se tornam cada vez mais relevantes. Investidor cada vez mais protagonista e com maior nível de entendimento das diferentes classes de ativos, buscando diversificação e alternativas a renda fixa.
• Estratégia: aceleração da automação para obtenção de eficácia operacional e no relacionamento com investidores. Menos contato físico e revisão das estruturas físicas atuais. Soluções de conexão e de análise do comportamento dos investidores se tornam cada vez mais válidas.
• Colaboradores: revisão das estruturas atuais e na forma de trabalho. Home office e flexibilidade dos trabalhadores passarão a ser o novo normal. Novas tecnologias para eficiência operacional poderão gerar reduções da força de trabalho. Vale mencionar que o segmento continuou contratando durante a pandemia.
• Estrutura de capital: reavaliação do grau de diversificação na busca pela internacionalização. Revisão dos processos de avaliação e segmentação das análises de risco das companhias investidas. Monitoramento constante do portfólio, elaboração de modelos com cenários e planos de contingência.
• Gestão de riscos: Foco requerido na estrutura de tecnologia da informação remota para garantir segurança cibernética e proteção de dados. Acréscimo de operações nas nuvens para aqueles que ainda não possuíam. Gerenciamento dos riscos de mercado, liquidez e contraparte para estar preparado para uma segunda e terceira onda da covid-19. Automação dos processos de risco. Incorporação de critérios e filtros de ESG na avaliação de riscos.
"A pesquisa mostrou que o setor de asset management avançou no que diz respeito à retomada de crescimento um ano após o início da pandemia. Na nova realidade, podemos considerar aspectos que estão impulsionando o setor como transformação digital, resiliência, inovação, colaboração e fatores ESG", analisa o sócio líder de asset management da KPMG, Lino Junior.
Sobre a pesquisa "Tendências e a nova realidade - 1 ano de covid-19":
O documento da KPMG traz informações relevantes e um balanço sobre como as empresas vêm respondendo aos desdobramentos desde o início da crise. De acordo com a pesquisa, podem ser consideradas em "processo de crescimento", as indústrias em que os investidores percebem o potencial de liderar e fornecem capital para escalar agressivamente durante a recuperação. Já no "retorno ao normal", essas organizações são vistas como essenciais e se recuperarão mais rapidamente à medida que a demanda do consumidor retornar em volumes semelhantes. No terceiro estágio intitulado no relatório como "transformar para emergir" as empresas vão precisar de reservas de capital para resistir e transformar modelos operacionais e de negócio. Por fim, "em reiniciar", essas organizações lutam para se recuperar da covid-19 devido à demanda permanentemente reduzida por ofertas, capital insuficiente para evitar recessão prolongada ou má execução da transformação digital.
"A análise destaca que líderes de diferentes mercados têm buscado enfrentar esse momento com resiliência, informação e planejamento estratégico, de modo a antecipar possíveis entraves e obstáculos e, assim, obter os resultados esperados mesmo em um período complexo e desafiador. O estudo aponta as especificidades dos setores abordados, incluindo as tendências, as medidas que as empresas têm adotado para mitigar os reflexos do atual cenário, os principais desdobramentos observados neste último ano, as lições aprendidas e os riscos inerentes aos mercados", finaliza o sócio de clientes e mercados da KPMG no Brasil e América do Sul, Jean Paraskevopoulos.
O documento completo está disponível no seguinte link: https://home.kpmg/br/pt/home/insights/2021/04/negocios-nova-realidade.html
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