Barômetros Globais refletem otimismo moderado, apesar da segunda onda de Covid-19
Os Barômetros Globais Coincidente e Antecedente da Economia sobem em janeiro, mantendo o cenário de retomada da economia mundial. A alta do Barômetro Coincidente é pequena, mas reverte a queda do mês anterior. O Barômetro Antecedente avança mais expressivamente, voltando a refletir um otimismo que, desta vez, pode estar sendo impulsionado pelo início das campanhas de vacinação contra covid-19 em diversos países.
O Barômetro Global Coincidente sobe 1,1 ponto em janeiro, ao passar de 93,9 pontos para 95,0 pontos, após interrupção temporária da rota ascendente no mês passado. O Barômetro Global Antecedente sobe 6,1 pontos no mês, para 111,6 pontos. Todas as regiões contribuem de forma positiva para o resultado agregado do Barômetro Coincidente. No Barômetro Antecedente, a região do Hemisfério Ocidental caminhou na contramão das demais regiões e contribui de forma negativa para o resultado agregado.
"Enquanto os efeitos das medidas de distanciamento social decorrentes da segunda onda da pandemia explicam o resultado modesto do barômetro Coincidente, o início do processo de imunização em alguns países justifica as expectativas favoráveis que sustentam o desempenho positivo do barômetro antecedente. A trajetória de crescimento robusto da atividade econômica entre todas as regiões e setores está condicionada à velocidade relativa entre a transmissão do vírus e a da imunização da população dos países ao longo dos próximos meses.", avalia Paulo Picchetti, pesquisador da FGV IBRE.
Barômetro Coincidente - regiões e setores
Os Barômetros Coincidentes das três regiões sobem em janeiro, com a Europa contribuindo em 0,7 ponto (ou 64%) para a alta do resultado agregado. A segunda maior contribuição veio da região da Ásia, Pacífico & África, que contribui em 0,3 ponto para o resultado (26%). O indicador do Hemisfério Ocidental continua em alta, mas em ritmo gradualmente menor. No mês, foi a região que teve a menor contribuição para o resultado agregado, em 0,1 ponto. Campanhas de imunização contra covid-19 tiveram início em diversos países da região, mas o resultado temporariamente desfavorável na corrida entre a vacinação da população e a pandemia pode ter influenciado para o tímido resultado do indicador regional. O gráfico no Press Release ilustra a contribuição de cada região para a distância do Barômetro Coincidente em relação ao nível médio histórico de 100 pontos.
A maior contribuição setorial para a alta do Barômetro Coincidente Global em janeiro foi novamente dada pela Indústria. Os demais setores contribuíram modestamente, com Comércio influenciando o resultado agregado de forma positiva e o conjunto de variáveis que refletem a evolução das economias em nível agregado (Desenvolvimento Econômico Geral) e os setores de Serviços e Construção, de forma negativa.
Barômetro Antecedente - regiões e setores
O Barômetro Antecedente Global antecipa os ciclos das taxas de crescimento mundial entre três a seis meses. Em janeiro, a região da Ásia, Pacífico & África foi responsável por mais de 90% da alta do indicador agregado, seguido da Europa que contribui com 0,7 ponto, ou 12%. Apenas a região do Hemisfério Ocidental contribui de forma negativa no mês, um reflexo da morosidade nos planos de vacinação em alguns países e do cenário crítico da pandemia no Brasil e nos Estados Unidos.
Em janeiro, todos os Barômetros Antecedentes setoriais subiram, com a Indústria e o conjunto de variáveis que refletem a evolução das economias em nível agregado (Desenvolvimento Econômico Geral) sendo os setores mais otimistas (com 120,4 e 115,9 pts., respectivamente). O Comércio registrou a maior alta no mês, mas continua sendo o setor, junto ao de Serviços, que ainda não recuperou as perdas do trimestre março-maio de 2020.
A Indústria é o setor que mais contribui para a alta do indicador agregado no mês, com 4,0 pontos. O Comércio contribui com 1,5 ponto, seguido de contribuições pouco expressivas do conjunto de variáveis que refletem a evolução das economias em nível agregado (Desenvolvimento Econômico Geral), Serviços e Construção.
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