Juros baixos e condições facilitadas movimentam setor da construção civil e ajudam na retomada da economia
Os efeitos da pandemia foram sentidos em todas as áreas, não apenas no Brasil, mas mundialmente. Porém, indo na contramão, o setor da construção civil foi o segundo menos impactado, ficando atrás apenas do agronegócio e já está reagindo, mostrando números positivos. Até julho, as vendas de imóveis chegaram a crescer 25%, de acordo com a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc). Um dos principais motivos para isso é que as taxas de juros anuais de crédito imobiliário caíram pela metade nos últimos quatro anos. A diferença é nítida e muito atrativa: de 15,6% em 2016 para 7,6% em 2020.
Além disso, a taxa Selic a 2%, a menor da história, também atraiu os compradores. Ou seja, aquelas pessoas que já estavam em busca de um imóvel, porém tinham a renda mais baixa, agora viram a oportunidade de acessar o mercado com condições facilitadas e comprar a casa própria. “A retomada da economia já está acontecendo aos poucos em diversos setores, mas entendemos que a construção civil continuará surpreendendo. Além das taxas baixas de juros, muitas pessoas passaram a ficar mais em casa, inclusive com o home office que tem se tornado cada vez mais comum, e isso faz com que o sonho da casa própria, que atenda às necessidades da família, se torne ainda mais imprescindível”, comenta Eduardo Aguiar, diretor Comercial da Expert System, empresa que fornece soluções tecnológicas para facilitar o dia a dia das construtoras.
Além de a procura por imóveis ter aumentado, outro resultado positivo na construção civil são as oportunidades de emprego. De acordo com dados divulgados pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), o setor fechou o primeiro semestre com 17 mil novas contratações. E, mesmo com a pandemia do novo coronavírus, as vendas seguiram em crescimento. A NGN Engenharia foi uma das empresas que adotou todos os protocolos de segurança e não parou. No fim do mês de maio, as consultas por aquisição de imóveis começaram a aumentar, porém o perfil do consumidor havia mudado. “Os juros baixaram facilitando ainda mais a compra de um imóvel. Mas, notamos a mudança no comportamento dos clientes. Antigamente, a procura era por imóveis com excelentes localizações, independentemente do tamanho. Agora, a busca é por mais qualidade de vida, com espaço, local para home office e, se possível, contato com a natureza”, comenta Nayme A. Romanos Soares, diretor da NGN Engenharia.
Nayme ainda afirma que, mesmo em meio à pandemia, quase todos seus imóveis foram vendidos e credita isso aos juros baixos que deixaram as prestações praticamente no valor de um aluguel. “Para nós do setor, os juros baixos aumentam e muito as chances de venda. Mesmo quem tem uma renda mais baixa pode adquirir seu imóvel”, finaliza.
“Com o aumento da demanda, é preciso que as construtoras estejam ainda mais preparadas para esse crescimento e, por isso, as ferramentas tecnológicas, como os softwares de engenharia de custo e gestão para a construção civil, são tão importantes. Afinal, com elas todo o processo de uma obra, desde planejamento até o canteiro, se torna mais ágil e assertivo”, explica o diretor da Expert System.
As expectativas para o próximo ano são altas e, principalmente, os programas como Minha Casa Minha Vida e o recém-criado Casa Verde e Amarela, devem ter um aumento na procura, movimentando não apenas o setor da construção civil, mas ajudando na retomada da economia brasileira.
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