Quatro investimentos de renda variável além das ações
As ações negociadas nas bolsas de valores são apenas algumas das possibilidades que se apresentam atualmente no mercado financeiro em termos de renda variável. A variedade de papéis, fundos, índices e certificados que podem ser explorados pelo investidor de perfil moderado ou arrojado oferece outras opções para se diversificar a carteira de investimentos.
Entre as várias soluções, os Fundos de Investimentos Imobiliários (FIIs), os Exchange Traded Funds (ETFs), os Brazilian Depositary Receipts (BDRs) e o Mercado de Opções são alternativas para além do investimento em ações.
FIIs
São fundos de investimentos voltados para o mercado imobiliário. Como é da natureza dos fundos, esse tipo de negócio funciona sob o sistema de cotas, no qual o participante adquire uma parte do negócio e, em caso de valorização dele, recebe a remuneração proporcional. Quem se responsabiliza pela gestão do fundo é um especialista que age em nome de todos os participantes.
As FIIs são especialmente vantajosas para quem tem interesse no setor imobiliário e não conta com recursos para fazer altos investimentos. Como a aplicação mínima para participar desse tipo de fundo não é elevada, o investidor pode fazer aportes recorrentes no mesmo fundo e no longo prazo tornar sua participação cada vez maior, tendo assim como faturar mais com a valorização do fundo.
ETFs
São fundos de índice. Neste caso, a ideia é acompanhar índices que funcionam como referência para o desempenho de ações de determinado segmento. Um exemplo de índice é o BOVA11, que reúne as 11 principais empresas cujas ações são operadas na Bovespa.
Existem diversos tipos de índice, mostrando quais são os principais ativos de diferentes segmentos. Para o investidor é interessante observá-los no intuito de perceber como está o desempenho das principais empresas do mercado. Em alguns casos, escolher os ativos de acordo com o índice acaba sendo a solução ideal para o investidor.
Nessa lógica, as ETFs aparecem como opção de investimento, já que nada mais são do que fundos de índices comercializados como ações. O objetivo de uma ETF é replicar determinado índice. Se esse indicador tiver uma valorização de 10%, por exemplo, será esse o desempenho da ETF.
BDRs
Outro tipo de fundo de renda variável é o BDR, no qual o cotista compra um título brasileiro que tem lastro em uma ação de empresa estrangeira. Isso permite ao investidor negociar a participação em empresas com sede em outro país, funcionando sob a dinâmica de uma bolsa nacional.
A principal vantagem do BDR é que ele permite que o investidor opere na B3, sem precisar cumprir as regras mais exigentes do mercado internacional, que geralmente consiste na comprovação de residência naquele país e em uma série de burocracias.
Acessando uma plataforma de investimentos autorizada pela B3, esse investidor pode aplicar em alguns dos projetos mais sólidos e rentáveis do mundo para lucrar com sua valorização. Entretanto, vale lembrar que também neste caso o investidor adquire cotas de fundos, investindo em um conjunto de empresas disponíveis nos BDRs.
Mercado de Opções
Existem ainda determinados tipos de contratos nos quais o investidor pode negociar o direito de comprar ou vender um lote de ações. A esse tipo de operação é dado o nome de Opção. Em síntese, a opção é um contrato firmado por um tempo específico para que seja exercido o direito de alguém negociar o ativo por um preço que pode ser dos tipos fixado, de exercício ou strike.
Enquanto no mercado de ações a ideia é negociar diretamente os papéis que correspondem a uma parte da empresa, no mercado de opções o foco é negociar o direito de compra e vendas das ações. Ao adquirir uma opção a pessoa não investe diretamente na empresa, mas apresenta uma sinalização de que poderá fazer isso futuramente sob condições previamente determinadas, com a possibilidade de pagar pelos ativos o mesmo preço que eles têm na assinatura do contrato.
Esse é um movimento que depende de conhecimento de mercado e entendimento a respeito do setor em que a pessoa pretende investir. Para entender como funciona, basta pensar em um investidor que se compromete a adquirir uma quantidade de ações de determinada empresa, imaginando que no futuro elas se valorizarão por conta de um crescimento do setor. Assim ele pode garantir a compra dos ativos pelo preço atual de mercado e só finalizar a operação meses depois.
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