Mais da metade dos conselheiros em empresas fechadas ganham até R$ 15 mil por mês, segundo pesquisa inédita
IBGC lança primeiro levantamento sobre práticas de remuneração de conselheiros em companhias de capital fechado
O Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) lançou nesta segunda-feira, durante seu 21º Congresso anual, uma pesquisa inédita sobre a Remuneração de Conselheiros em Empresas de Capital Fechado, na qual constatou-se que mais de 80% dos conselheiros são remunerados, sendo que 57,6% dos conselheiros de administração e 61,9% dos conselheiros consultivos ganham até R$ 15 mil por mês. O levantamento foi feito com 269 respondentes, entre conselheiros de administração e consultivos, com o objetivo de mapear as práticas de remuneração mensal adotadas por essas corporações.
De acordo com a pesquisa, 25,5% dos conselheiros de administração ganham entre R$ 10 mil e R$ 15 mil, enquanto a remuneração é de R$ 5 mil a R$ 10 mil para 26,2% dos conselheiros consultivos. Contudo, destaca-se que quando o conselho consultivo está formalizado (com os devidos registros no estatuto e contrato social), a remuneração de seus membros se concentra na mesma faixa que os conselheiros de administração, de R$ 10 mil até R$ 15 mil.
Para Henrique Luz, presidente do conselho de administração do IBGC, esse tema costuma despertar interesse pela necessidade de saber se a remuneração está adequada à média do mercado ou, ainda, para ajudar as empresas na busca por melhores práticas quando se deseja contratar profissionais ou constituir conselhos.
"Após alguns anos divulgando as remunerações de conselheiros em companhias abertas, percebemos uma grande lacuna no que tange às corporações de capital fechado. Um dos indicadores da necessidade dessa pesquisa é, justamente, o número de respondentes que nos surpreendeu pela alta receptividade", destaca o presidente do conselho.
O estudo também mostrou que para 75% dos conselheiros de administração, a participação em comitês não está vinculada à remuneração adicional, mantendo-se a remuneração fixa. Outro ponto que chamou a atenção, ainda em relação aos conselhos de administração, foi a disponibilização do seguro D&O (Seguro de Responsabilidade Civil) para 77,2% dos respondentes que atuam em empresas com faturamento acima de R$ 300 milhões. Percebe-se que quanto maior o faturamento, maior é a preocupação das corporações em proteger os conselheiros.
"Esses dados permitem importantes discussões e possibilitam melhorias fundamentais sobre o que é praticado no mercado", ressalta Luz.
Para as remunerações mais altas, a pesquisa aponta que 6,6% dos conselheiros de administração tem ganhos de R$ 25 mil a R$ 30 mil, e 11,7% com remuneração acima de R$ 30 mil. Já nos conselhos consultivos 8,3% dos respondentes recebem entre R$ 25 mil e R$ 30 mil, e 4,8% tem remuneração acima de R$ 30 mil.
Diversidade
Além de destacar o que é praticado, o estudo também mostra os ganhos por gêneros. Neste cenário, as mulheres são maioria em três faixas de remuneração dentro dos conselhos de administração, sendo 33,3% com remuneração de até R$ 5 mil; 27,8% com ganhos de R$ 10 mil a R$ 15 mil; e 16,7% entre R$ 15 mil e R$ 20 mil. Já os homens, nessas mesmas faixas, correspondem a 9,3% com ganhos de até R$ 5 mil; 25,4% de R$ 10 mil a R$ 15 mil; e 14,4% de R$ 15 mil a R$ 20 mil.
Nos conselhos consultivos, 11% das mulheres possuem remuneração acima de R$ 30 mil, contra 4,1% dos conselheiros homens. Já entre os que recebem de R$ 15 mil a R$ 20 mil, 33,3% são mulheres e 13,7% são homens.
SERVIÇO:
21º Congresso IBGC
Quando: 3 a 27 de novembro
Onde: Plataforma Virtual Congresso IBGC
Inscrições em: https://ibgc.org.br/congresso/
Sobre o IBGC
Fundado em 27 de novembro de 1995, o Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), organização da sociedade civil, é referência nacional e uma das principais no mundo em governança corporativa. Seu objetivo é gerar e disseminar conhecimento a respeito das melhores práticas em governança corporativa e influenciar os mais diversos agentes em sua adoção, contribuindo para o desempenho sustentável das organizações e, consequentemente, para uma sociedade melhor. Para mais informações, consulte www.ibgc.org.br.
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