Incerteza da Economia registra sexta queda consecutiva
O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) da Fundação Getulio Vargas caiu 2,0 pontos em outubro de 2020, para 143,8 pontos. Apesar de esta ser a sexta queda consecutiva, o indicador ainda está 29 pontos acima do nível de fevereiro (último mês anterior à pandemia de covid-19) e 7,0 pontos acima do nível máximo anterior à pandemia, alcançado em setembro de 2015.
"A queda da incerteza volta a desacelerar em outubro e o IIE-Br inicia o último trimestre do ano com a incerteza acima dos 140 pontos. O componente de mídia recuou, mas também desacelerou no mês, refletindo o cenário novamente deteriorado da pandemia no mundo e novas dúvidas quanto à evolução da pandemia no Brasil. Já o componente de expectativas, que mede a capacidade de se prever cenários para os próximos 12 meses, voltou a subir em outubro. O componente reflete as incertezas quanto ao ritmo possível de recuperação da economia frente a possibilidade de novas ondas, o cenário fiscal, o sinal amarelo da inflação, agora mais espalhada entre os produtos e, a difícil capacidade de previsão do câmbio e da taxa de juros", afirma Anna Carolina Gouveia, Economista do FGV IBRE.
Anna Carolina Gouveia, economista do FGV IBRE, estará disponível, a partir das 10h, para comentar os resultados pelo telefone: (21) 98831-8725 ou pelo Skype: .
Mais informações e release completo no Portal IBRE, neste link.
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Os dois componentes do Indicador de Incerteza caminharam em direções opostas em outubro. O componente de Mídia recuou 4,0 pontos, para 126,0 pontos, contribuindo negativamente em 3,5 pontos para a queda do indicador geral no mês. Já o componente de Expectativas contribuiu positivamente em 1,5 ponto para o comportamento do IIE-Br, ao subir 4,3 pontos, para 194,3 pontos.
"O nível de 126 pontos do componente de mídia já havia ocorrido em outros períodos da história recente brasileira, mas a manutenção do componente de expectativas acima dos 190 pontos por mais de 6 meses é um fato inédito. O período em que podemos comparar a evolução deste componente é o final de 2002, quando as incertezas em torno da política econômica a ser adotada pelo presidente Lula, manteve o indicador acima de 190 pontos por apenas dois meses. Na época, tanto a sinalização dada pelo presidente, quanto a política macroeconômica feita na prática, fez com que o indicador desacelerasse e retornasse a patamares satisfatórios após 11 meses do pico. Naquele período de grande incerteza econômica, a média do componente de expectativas foi de 163 pontos. No momento atual, o cenário econômico deteriorado por uma pandemia altamente instável e grave, intensifica ainda mais a capacidade de se prever cenários, mantendo o indicador de expectativas com uma média de 206 pontos entre março e outubro", acrescenta Anna Carolina.
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