Como pensa o economista-chefe da XP Investimentos
Caio Megale, durante uma live com a Alta Vista, fez uma análise sobre o mercado econômico atual
Formado em economia pela USP e com mestrado pela PUC-RJ, Caio Megale, que já trabalhou no setor público e retornou para o privado para ser economista-chefe da XP Investimentos, maior rede do segmento no Brasil, foi convidado pelo escritório Alta Vista Investimento para comentar sobre a economia no Brasil e sobre o ramo em uma live realizada no dia 5 de novembro no Instagram.
A princípio, o economista comentou falando sobre as transformações que vêm ocorrendo. "O Brasil sempre foi um país com taxas altas, e por isso era difícil competir com a CDI, por exemplo, que apresentava baixo risco e um retorno considerável, hoje já não se pensa mais assim, além disso, as mudanças tecnológicas afetam diretamente esse setor", diz.
Ele ainda afirma que para conseguir adentrar nesse mundo, eles utilizam duas estratégias, a primeira é a pesquisa de excelência, ou seja, procurar entender cada vez mais sobre essa nova realidade. E a segundo, é espalhar esse negócio, por meio de canais de distribuição e contato com todos os clientes.
Ao ser questionado por Orlando Bachesque, sócio e agente autônomo de investimentos na Alta Vista Investimentos, que estava no comando da live, sobre o porquê do tripé macroeconômico, conjunto de medidas adotadas pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ter sido alterado em 2011, Megale respondeu que ele foi pensado em três pilares: câmbio, meta de inflação e metas fiscais, no entanto, por muito tempo serviram para disfarçar os gastos públicos, e a necessidade de pagar essa "conta" sufocou o Brasil. Naquele ano, foi incentivado o aumento de gastos como forma de solução, que teve consequências contrárias às esperadas.
"Então com as presidências que sucederam após esse acontecido, as estratégias foram mudando e reformas foram sendo feitas na economia, e quando estávamos quase alcançando esse objetivo, a pandemia chegou e os gastos voltar a subir. Acredito que a partir de agora, o maior desafio do Brasil vai ser entrar nos eixos novamente", explica o economista-chefe.
Puxando o gancho do assunto para os temas atuais, Caio ainda falou que a preocupação de terminar o ano com a Dívida em 90% do PIB, devido aos gastos emergenciais para o auxílio oferecido na pandemia, é grande, porque o Brasil já estava em crise, e com isso a depreciação do câmbio cresceu. Segundo ele, a solução é a sinalização de controle fiscal, para evitar que aqueles que "emprestam" dinheiro para o país pagar suas contas, como os poupadores, não fiquem desconfiados e parem de investir, fazendo com que o governo não tenha mais essa ajuda para estabilizar a economia.
Em relação ao teto de gastos, o economista acredita que não haverá furos gerados pela atual presidência do país, pois poderia afetar sua reeleição em 2022, já que ao postergar decisões de reajustes e juros, pode fazer com que o câmbio dispare rapidamente, indo contra o seus argumentos nos anos passado, na qual ele afirmou que lutaria pela valorização do real diante do dólar.
Ele finaliza dizendo que a inflação que estamos vivendo é decorrente da pandemia, e que apesar de se estender pelos primeiro semestre de 2021, a tendência é melhorar com o decorrer do tempo. Já em relação às eleições americanas, ele afirma dizendo ser normal causar essa volatilidade no cenário econômico, mas que também é passageiro.
Sobre a Alta Vista Investimentos
A Alta Vista Investimentos é um escritório credenciado da XP Investimentos e participa do G20, o grupo dos 20 maiores escritórios da XP, desde que o ranking foi criado. Os assessores atendem cerca de 10 mil clientes e tem, sob responsabilidade, o patrimônio de R﹩ 5 bilhões, distribuídos em ativos de renda fixa, ações, fundos de investimento, previdência privada.
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