Por que essas franquias são à prova de crise e expandiram na pandemia?
Reserva, OAKBERRY e I wanna sleep recuperam faturamento durante a pandemia com ações que integram o digital e o offline
Mesmo com o cenário de incertezas para os negócios e com a economia enfraquecida, algumas empresas foram na contramão deste movimento e permaneceram expandindo suas atuações com novas unidades de franquia.
A OAKBERRY, rede de alimentação saudável focada em açaí, que conta com mais de 230 unidades, em mais de onze países, teve o delivery e take-out como protagonista durante a quarentena. Com a queda nos pedidos, a marca também apostou no digital e começou a oferecer alguns de seus produtos, que até então eram consumidos apenas como toppings dos bowls e smoothies, em seu próprio e-commerce. Este lançamento já estava no radar da empresa, mas foi colocado no ar rapidamente por conta da pandemia.
Mesmo com a crise econômica instalada, a rede, na qual tem uma saúde financeira estável, deu continuidade a seu planejamento de expansão nacional e internacional. Atualmente, existem mais de 50 unidades em fase de implantação no Brasil e seis no exterior. Até o final do ano, além dessas, a expectativa é inaugurar outras 25 unidades no Brasil e mais oito fora do país. A empresa lidera o mercado de alimentação saudável e açaí em número de unidades e vendas. Segundo Georgios Frangulis, CEO e Fundador, "as vendas da OAKBERRY representam aproximadamente 8% de todo açaí vendido no Brasil". Além disso, a marca é uma das principais compradoras do ouro roxo brasileiro, distribuindo aproximadamente 220 toneladas de açaí pelo mundo.
Já I wanna sleep, retail tech focada em sono e relaxamento, decidiu seguir os planos de expansão do negócio e dobrou a taxa de abertura de novas lojas este ano. Até agora, foram três unidades lançadas e o plano inclui abrir outras quatro unidades até o fim de 2020. Durante esse período de pandemia, quando as pessoas estão mais tempo em casa, a empresa registrou aumento de 25% na procura por colchões, travesseiros e outros produtos comercializados por eles.
"Nossa expansão está baseada em planejamento e controle. Tivemos que avaliar o mercado, as oportunidades, os recursos que tínhamos nesse momento e optamos em arriscar com a expansão, no total, fecharemos com 20 lojas assinadas, em São Paulo, Belo Horizonte, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro", explica Rafael Moura, CEO e fundador da I wanna sleep.
A Reserva, que conta com 81 lojas físicas, sendo 48 lojas próprias e 33 franquias em todo o Brasil, é outro exemplo de empresa que conseguiu manter a expansão mesmo com o cenário delicado. Em setembro a empresa inaugurou uma unidade da Reserva Go, especializada em sapatos, e deve inaugurar no próximo mês uma loja Reserva Mini, braço infantil da marca, ambas no Rio de Janeiro. Além dessas, mais seis lojas estão previstas para serem abertas até o final do ano.
A empresa viu seu faturamento cair em março, por isso, levou esforços para o e-commerce da marca com um plano para que os vendedores continuassem atuando e batendo suas metas. O "Somos Todos Vendedores" da Reserva, cresceu em faturamento oito vezes já no primeiro mês de pandemia, e hoje, tem mais de mil pessoas gerando cupons para as vendas comissionadas. Os vendedores das lojas físicas, puderam ganhar comissão trabalhando de casa e atualmente, mesmo trabalhando nas lojas físicas, podem continuar ganhando com as vendas online. Hoje, com a flexibilização das medidas de isolamento social, a estratégia da marca é apostar no omnichannel, garantindo que o consumidor tenha excelência no atendimento em todos os pontos de contato com a marca.
Solução para os franqueados
Além de intensificar a presença nas redes sociais, a rede I wanna sleep trouxe as Lojas Físicas Online (LFOs) como inovação e passaram a funcionar como um delivery de sono e relaxamento, o que até então era inusitado para o setor de franquias. "A solução foi implantada em menos de uma semana e no primeiro mês, recuperamos 30% do faturamento, em seguida, 50% e hoje já recuperamos 100% dele, vendendo o mesmo que em épocas pré-pandêmicas", pontua o fundador.
Para Bernardo Barros, um dos franqueados das lojas inauguradas este ano, a solução foi fundamental. "Eu confiei no planejamento e no modelo proposto da marca, essa é uma fase econômica muito difícil para todos, mas a solução me trouxe otimismo e, mais do que isso, ela foi boa porque permitiu que clientes comprassem de casa, com frete grátis e em até um dia, isso também chamou a atenção dos compradores", conta.
A Reserva decidiu apostar em tecnologia para as novas lojas que foram abertas. "Com esse modelo nós conseguimos entregar para o franqueado um sistema totalmente integrado, um exemplo são os totens nas lojas físicas que permitem a compra online de itens que não estão disponíveis naquela unidade e até a personalização completa dos produtos", explica o CEO da empresa Rony Meisler.
A estratégia adotada pela marca de moda masculina alcançou um resultado muito satisfatório. No mês de abril, a Reserva vendeu apenas 35% do que foi vendido no mesmo período no ano anterior, porém esses números foram crescendo e em julho as vendas superaram a comparação com 2019 e em setembro já equivalem a 130% a mais do que o resultado do mesmo mês no ano passado.
No caso da OAKBERRY, o valor cobrado pelo fundo de propaganda e royalties foi isentado em todas as unidades. Outra providência foi a realização de uma rodada de negociações com todos os fornecedores, prorrogando prazos e reduzindo cobranças.
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