Pesquisas do Ipea mapeiam investimento líquido e estoque de capital de 1947 a 2020
Estudos inéditos lançados nesta terça-feira (8) marcam início de divulgação trimestral do Grupo de Conjuntura do Instituto
O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) lançou nesta terça-feira (8) duas pesquisas inéditas com dados sobre investimento líquido e estoque de capital no Brasil de 1947 a junho de 2020. Elas revelam que, no começo deste ano, o investimento líquido voltou a ser positivo no acumulado de 12 meses, após um período de resultados negativos iniciado em 2016, o único em toda a série histórica.
Isso significa que, apesar de a retomada do crescimento dos investimentos brutos ter se iniciado em 2017, somente no início de 2020 eles voltaram a ficar maiores que o investimento necessário para repor da depreciação - indicando o aumento da capacidade instalada do estoque de capital. Os estudos publicados se intitulam Estoque de Capital Fixo no Brasil: séries desagregadas anuais, trimestrais e mensais e Investimento Líquido e Estoque de Capital: desempenho recente. Este último passará a ser divulgado trimestralmente pelo Grupo de Conjuntura do instituto.
A base de dados utilizada, resultado de um detalhado levantamento e tratamento de dados históricos, contém séries completamente novas, que substituem as séries existentes no Ipea Data (com dados anuais de 1950 a 2008). A nova base traz dados anuais desagregados de 1947 a 2017 (último ano das contas nacionais anuais do IBGE) e mensais/trimestrais agregados de janeiro de 1980 a junho deste ano. Os dados anuais são desagregados por: máquinas e equipamentos; construção - infraestrutura; construção - residencial; outras construções; e outros.
A série histórica de estoque de capital é fundamental para estudos de crescimento econômico e para estimação do produto potencial - variável muito utilizada em análises de política monetária e de política fiscal. As atualizações dos dados mensais de investimento líquido e de estoque de capital, que passarão a ser divulgados trimestralmente pelo Ipea, são, portanto, importantes tanto na análise conjuntural de curto prazo quanto em estudos da capacidade produtiva de longo prazo
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