A indústria em tempos de COVID-19
Por Paulo Leal da Costa e Rene Wolf
Neste período em que temos navegado pelas diversas facetas de crise, a experiência está mudando a mentalidade coletiva. Tal fato terá uma repercussão duradoura em todas as indústrias, resultando provavelmente em mais quadros de colaboração e maior flexibilidade.
No setor de manufatura, tendências colaborativas transformarão a forma como construímos, como projetamos e como geramos ideias especializadas, atenuando limites funcionais. Embora catalisados neste ambiente desafiador, estes são resultados positivos que irão acelerar a inovação no futuro.
No geral, e nas próprias fábricas, vemos uma redução perceptível na demanda. Na Alemanha, por exemplo, onde a indústria automotiva é um dos principais atores, fabricantes têm fechado suas portas. Em contrapartida, a produção aumentou na indústria de dispositivos médicos, em que fabricantes tem se esforçado para acompanhar não só o aumento do volume, mas também as variações nas demandas de produtos a serem entregues. Mesmo onde há sistemas de fabricação em uso, com alta visibilidade e processos digitalizados, a troca da produção para um produto diferente é altamente complexa. Leva tempo - não só para produzi-lo, mas também para o fazer de forma eficiente e com os padrões de qualidade adequados.
E como isso afetará o futuro do setor? Bem, ninguém estava preparado para essa realidade. A brusquidão e a onipresença da atual pandemia criaram uma tempestade perfeita. À medida que nos reestabelecemos, os fabricantes vão repensar a forma como organizaram seus processos, suas cadeias de abastecimento, as lacunas críticas que têm na sua infraestrutura digital. Haverá uma urgência duradoura em torno da pressão dos custos e das margens. Os esforços de transformação digital acelerarão drasticamente para criar uma empresa de manufatura mais ágil e capaz de responder às mudanças do mercado com mais rapidez e flexibilidade.
Dedicar tempo à preparação não só para a fase de arranque, mas também para o futuro das empresas, é tempo bem gasto. A realidade é - agora ainda mais óbvia do que antes - que os fabricantes precisam digitalizar seus processos. Evidenciada pela situação atual, a transformação digital não é apenas um imperativo competitivo, mas, por vezes, um imperativo existencial.
Desta forma, ainda que as coisas sejam difíceis, faz-se necessária a busca por oportunidades ocultas, dons inesperados. É preciso tirar o melhor proveito da situação, abraçar o que ela tem a oferecer e analisar de maneira criativa como extrair seu valor máximo para que possamos sair desta situação mais rápido e mais fortes do que antes.
Paulo Leal da Costa é CEO e diretor geral da Siemens Digital Industries Software no Brasil e Rene Wolf é vice-presidente sênior de gerenciamento de operações de manufatura da mesma empresa.
A Siemens Digital Industries (DI) é líder em inovação em automação e digitalização. Colaborando de perto com parceiros e clientes, a DI impulsiona a transformação digital nas indústrias de processo e produção discreta. Com seu portfólio de empresas digitais, a DI oferece às empresas de todos os tamanhos um conjunto de produtos, soluções e serviços de ponta a ponta para integrar e digitalizar toda a cadeia de valor. Otimizado para as necessidades específicas de cada setor, o portfólio exclusivo da DI ajuda os clientes a obter maior produtividade e flexibilidade. A DI está constantemente adicionando inovações ao seu portfólio para integrar tecnologias futuras de ponta. A Siemens Digital Industries tem sua sede global em Nuremberg, na Alemanha, e tem cerca de 75.000 funcionários em todo o mundo.
A Siemens AG (Berlim e Munique) é uma potência tecnológica global que representa excelência em engenharia, inovação, qualidade, confiabilidade e internacionalidade há mais de 170 anos. A empresa está ativa em todo o mundo, concentrando-se nas áreas de eletrificação, automação e digitalização. Uma das maiores produtoras de tecnologias que economizam recursos e economia de energia, a Siemens é fornecedora líder de soluções eficientes de geração de energia e transmissão de energia e pioneira em soluções de infraestrutura, assim como soluções de automação, acionamento e software para a indústria. Com sua subsidiária de capital aberto Siemens Healthineers AG, a empresa também é fornecedora líder de equipamentos de imagens médicas - como tomografia computadorizada e sistemas de imagens por ressonância magnética - e líder em diagnósticos laboratoriais, bem como em TI clínica. No ano fiscal de 2018, que terminou em 30 de setembro de 2018, a Siemens gerou receita de 83,0 bilhões de euros e lucro líquido de 6,1 bilhões de euros. No final de setembro de 2018, a empresa tinha cerca de 379.000 funcionários em todo o mundo.
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