Indicador de Incerteza Diário do FGV IBRE está disponível na Bloomberg
A crise desencadeada pela Covid-19 elevou os níveis de incerteza a patamares bem acima daqueles que até então eram os mais altos níveis históricos. Nesse ambiente, em que o contexto econômico e social no Brasil e no mundo tem mudado ainda mais rapidamente, o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE) lança os dados do Indicador de Incerteza Diário no Terminal Bloomberg {ALLX FGVU }.
O indicador de incerteza da FGV é resultado da união de dois componentes. O primeiro é o Indicador de Incerteza na Mídia - pesando 80% no resultado agregado, refletindo a incidência de termos relacionados à incerteza em artigos publicados em sete dos principais jornais do país. Aproximadamente 30 mil notícias publicadas nesses veículos são analisadas por mês. O segundo componente é o Indicador de Dispersão de Expectativas, com peso de 20%, elaborado com base na dispersão das previsões de especialistas para variáveis macroeconômicas selecionadas, com dados extraídos do Boletim Focus do Banco Central.
O FGV IBRE publicará no Terminal Bloomberg os indicadores totais (agregados) diariamente, com informações obtidas em dois períodos: nos últimos 28 e nos últimos sete dias. Além disso, o Indicador de Mídia também será divulgado diariamente com dados coletados nos três dias anteriores, possibilitando maior frequência na percepção de incerteza.
"Incerteza, como temos visto, é uma variável que afeta tanto decisões de investimento das empresas como despesas discricionárias de consumidores. No caso das companhias, isso é muito claro. Nossos estudos mostram que quando vemos um aumento de 10 pontos na incerteza, os investimentos produtivos são impactados por pelo menos dois trimestres à frente", explicou Aloisio Campelo Jr., superintendente de Estatísticas Públicas do FGV IBRE.
Em tempos de alta instabilidade como o atual, indicadores de alta frequência são ainda mais relevantes. Para Ricardo Brandão, pesquisador do FGV IBRE, essa crise tem componentes diferentes. "Mais que incertezas sobre quanto esse processo irá demorar, estamos vivendo em um momento de impossibilidades econômicas: sair, consumir. É uma crise de natureza diferente da que originou esses indicadores."
Segundo Campelo, o objetivo de lançar um indicador diário é oferecer subsídios ao mercado para tomada de decisões com base nos dados mais atuais. A publicação no Terminal Bloomberg deve-se ao reconhecimento por parte do FGV IBRE que a empresa é conhecida nos mercados nacional e internacional, principalmente pelo público que busca este tipo de dado mais especializado.
"A informação de alta frequência pode ajudar analistas macroeconômicos que trabalham com modelos mensais e trimestrais, na medida em que eles terão uma visão antecipada da direção da incerteza. E, como a informação é diária, os operadores poderão se posicionar no mercado, no dia a dia, da melhor forma possível. Decidimos fazer esse lançamento pela Bloomberg porque a maioria das instituições que têm departamento econômico e realiza um grande volume de operações no mercado, usa o terminal da empresa. A Bloomberg também está no mercado internacional e pode dar acesso a esses produtos de alta frequência com informações sobre o Brasil para países e mercados que possam se interessar por eles", analisou.
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas - o FGV IBRE foi criado em 1951. É a unidade da Fundação que tem por missão pesquisar, analisar, produzir e disseminar estatísticas macroeconômicas e pesquisas econômicas aplicadas de alta qualidade, que sejam relevantes para o aperfeiçoamento das políticas públicas ou da ação privada na economia brasileira, estimulando o desenvolvimento econômico e o bem-estar social do país. Desde a sua criação, desenvolve estudos socioeconômicos, pesquisas, análises e diversos indicadores baseados no levantamento de dados econômicos, financeiros e empresariais. Entre as estatísticas econômicas produzidas pelo FGV IBRE destacam-se os índices de preço e os indicadores de tendências e ciclos de negócio, de ampla utilização por estudiosos, analistas da economia brasileira e gestores na esfera pública e privada.
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