Entidades, empresas e trabalhadores rejeitam aumento do preço do cimento
Secovi-SP, Abrainc, SindusCon-SP e Sintracon-SP manifestam desacordo com reajuste de insumos básicos do setor
O Sintracon-SP (Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Construção de São Paulo), a Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias), o Secovi-SP (Sindicato da Habitação) e o SindusCon-SP (Sindicato da Construção) manifestam publicamente o descontentamento com os inadmissíveis e inoportunos pretendidos aumentos de preços dos fabricantes de cimento, de concreto e de outros insumos.
Neste momento em que a crise econômica derivada da pandemia de Covid-19 se agrava com o fechamento de empresas, demissões ou reduções de jornadas e salários e suspensões de contratos de trabalho, a responsabilidade do governo e dos agentes produtivos é de gerar e manter empregos, e não de elevar preços.
Como a própria indústria do cimento admite, suas vendas cresceram nos últimos meses. A inflação e os juros estão nos patamares mais baixos de sua história.
Majorar os preços do cimento e do concreto, e de qualquer outro insumo da indústria da construção, tanto para as obras privadas como para as obras públicas massivamente geradoras de empregos, é uma atitude que vai na contramão da necessidade de retomarmos o mais brevemente possível o desenvolvimento nacional.
Se efetivados, os aumentos de insumos sem dúvida resultarão em mais desemprego, ao trazer prejuízos às obras em andamento e acarretar maiores gastos nas obras públicas por parte da União, Estados e Prefeituras que já estão com seus orçamentos comprometidos. A geração de empregos em novas obras e reformas também será afetada negativamente.
Trabalhadores e empresas da construção solicitam que as indústrias cimenteira, de concreto e de outros insumos revejam suas decisões, pois não aceitarão um aumento de preços no atual ambiente econômico e social, que seria profundamente prejudicial ao País.
Os presidentes da entidades signatárias do manifesto são Luiz Antonio França (Abrainc), Basilio Jafet (Secovi-SP), Odair Senra (SindusCon-SP) e Antonio de Sousa Ramalho (Sintracon-SP).
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