Porque Alguns Digital Banks Estão Crescendo Na Crise?
Rafael Pimenta, CEO da BTX Digital
A economia brasileira está se movimentando com passos pequenos após a proliferação do novo coronavírus. De acordo com o Indicador de Atividade Econômica (IAE), os primeiros impactos negativos nos setores rentáveis foi em março, somatizando uma queda de 5,6% no PIB (Produto Interno Bruto). O mercado financeiro não tem muitas perspectivas favoráveis ao cenário, sendo que as últimas declarações do governo federal afirmaram a expectativa de apenas 1,5 no crescimento do PIB do ano inteiro.
Mesmo com a instabilidade financeira, em direção oposta, aparece o crescimento dos aplicativos e lojas de e-commerce, os quais esperam chegar a 60% do consumo das famílias brasileiras que permanecem em quarentena adquirindo produtos e serviços digitais. Neste contexto, apresentam-se os digital banks oferecendo comodidades sem contato físico, com franquias parceiras e alto valor agregado como cursos, cobrança online, empréstimos, cartão magnético, entre outros. Os novos métodos para adquirir serviços e produtos impulsionam a mobilização dos bancos em proporcionar plataformas mais flexíveis, interativas e práticas para a visualização das contas, ocasionando diretamente mais possibilidades para permanência e atração de novos usuários.
Alguns mecanismos de cobrança ganharam peso em lives de artistas e doações para combater a crise do Covid-19, como exemplo, o QR Code - usado em transações pontuais no passado remoto. O processo para efetivação do pagamento é muito mais seguro comparado ao sistema tradicional; as informações enviadas a maquininha que receberá o pagamento e o dispositivo que contém suas informações bancárias (seja o cartão de crédito ou o celular) são totalmente criptografadas. Ou seja, supondo que a conta tivesse sido "hackeada", o criminoso teria que desencriptar as informações de pagamento para ter acesso a elas.
Em um momento de retração econômica e de distanciamento social, atuar em um formato competitivo e com algum tipo de retorno, seja em cashback ou seja em benefícios, é um grande benefício e sem dúvidas um diferencial positivo. Não só os consumidores, como também as empresas estão aproveitando destes benefícios para rentabilizar. As empresas estão reformulando suas vendas online, os deliveries estão mais eficientes e também várias áreas, antes mal reguladas pelo governo, estão proporcionando facilidades, como é o caso da telemedicina.
Há uma constante criação de negócios inovadores, os quais necessitam de uma instituição financeira pronta para auxiliar e acelerar a curva de operação. Diariamente os bancos digitais estão se tornando a preferência da população, por concederem transações em baixo ou isento custo nas taxas cobradas pelos bancos tradicionais. Um olhar mais criterioso perante o contexto mercadológico pode colaborar para o crescimento e/ou permanência de um banco digital.
*Rafael Pimenta é especialista em desenvolvimento de negócios com rápida escalabilidade. Jovem executivo, começou a atuar no ramo da tecnologia aos 11 anos. Aos 23 anos, vendeu uma de suas empresas para uma multinacional inglesa, impulsionando-o para novos mercados. Desenvolveu e operacionalizou soluções inovadoras, como o primeiro aplicativo de táxi do Brasil, o primeiro sistema de venda de ingressos via QR Code, além do app de chamada de emergência do SAMU192 via Facebook - que fez com que ganhasse o prêmio Ministério da Saúde na Campus Party de 2014. Atualmente Pimenta é Board Member de nove empresas inovadoras em diversos setores, além de Founder na RedLions Capital e CEO na BTX Digital, grupo americano especializado em "rebancarização" de mercados através do lançamento e operacionalização de bancos digitais de nicho para empresas do middle market .
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