Volatilidade do mercado favorece operações day trade
João Beck, sócio da BRA, maior escritório de renda variável da XP Investimentos, explica por que momento de crise atual é ótima oportunidade para esse tipo de operação
Mesmo com o dólar em alta e a Ibovespa em queda, muitos investidores têm visto esse momento de crise devido ao novo coronavírus como oportunidade para operações day trade por causa da maior volatilidade do mercado.
"Quem busca operar em day trade busca volatilidade, oscilações e oportunidades dentro do dia. Nesse momento de crise, o mercado de ações se tornou muito volátil. Há empresas como Magazine Luiza e até ações com BB e Petrobras que oscilaram dentro do mesmo dia mais de 10%", explica João Beck, especialista em investimentos e sócio da BRA, maior escritório de renda variável da XP Investimentos.
Segundo João, o investidor de longo prazo busca isolar a volatilidade da sua carteira enquanto o especulador, investidor de curto prazo, aproveita esses momentos para lucrar com esses movimentos fortes.
“Claro que não é simples ganhar no day trade, muitos não conseguem ter consistência, porém o grande erro da maioria é não ter gerenciamento de risco e operar de forma alavancada. É necessário estudo, assessoria que possa ajudar na tomada de decisão e operar dentro do patrimônio. É importante ter uma definição bem alinhada do percentual que o investidor pode perder nessas operações para não comprometer o patrimônio dele”, diz.
De acordo com João, é importante também o trader utilizar o stop, que é uma ordem de mercado automática e programável de compra ou venda definindo assim suas metas de perda e objetivos de ganhos.
Segundo o especialista, o momento também é propício para investimentos em minicontratos do índice Bovespa e do dólar, que são mercadorias que naturalmente já possuem volatilidade maior. “Além da grande volatilidade, esses minicontratos oferecem baixa margem, ou seja, um acesso ao pequeno investidor que pode começar a investir com pouco capital”, explica.
Para quem já possui uma carteira de ações, o período de crise é complicado, pois o investidor na maioria das vezes não quer aumentar sua participação no mercado por receio. "Como assessor tenho trabalhado bastante, tenho feito muitas operações com os meus clientes com proteção, o mercado está cheio de oportunidades. Saber tirar proveito delas é o grande diferencial no longo prazo. As crises não irão acabar, é preciso entender como podemos tirar proveito delas", diz.
Sobre: João Beck é assessor de investimentos e sócio da BRA, um dos maiores escritórios credenciados da XP Investimentos, com mais de 30 mil clientes e cerca de R$ 2 bilhões de ativos sob custódia com escritórios no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e São Paulo. Graduado em economia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro - UERJ, começou a carreira com vivência em bancos como Itaú e HSBC, instituição da qual saiu para começar uma carreira mais focada em investimentos. Passou por corretoras como Ágora, ICAP Brasil, Gradual Investimentos, TOV até chegar na XP Investimentos, onde atuou antes de se tornar sócio do escritório de investimentos BRA.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>