Compreender como a pandemia vai afetar direta e indiretamente o terceiro setor a curto, médio e longo prazos. Este é o foco principal do estudo "Impacto da Covid 19 nas OCS brasileiras: da resposta imediata à resiliência", que já está em curso nas plataformas digitais.

Lançado por um conjunto de organizações a pesquisa poderá ajudar lideranças do segmento a compreender os impactos negativos que a pandemia ocasionou a estas organizações. Permitirá ainda identificar as necessidades imediatas e futuras das OSCs e traçar cenários futuros possíveis e desejáveis para o Terceiro Setor.

O questionário conta com uma série de perguntas pertinentes neste momento de enfretamento e poderá contribuir significativamente na produção de respostas rápidas às questões levantadas pela pandemia. De acordo com o Gerente Executivo do Instituto Sabin, uma das organizações parceiras do estudo, Fábio Deboni, esta é uma importante iniciativa gerar dados sobre o setor "As respostas fornecidas no estudo vão constituir uma espécie de raio-x do setor e permitir que diferentes formas de apoio possam ser implementados, seja pela filantropia, governos, empresas e cidadãos", explica o gestor.

As OSCs lidam há tempos com desafios de sustentabilidade econômica de modo a viabilizar seus projetos, seus atendimentos e equipes, situação esta que se agravou diante da pandemia. "O Coronavírus provocou um cenário de instabilidade e vulnerabilidade que, obviamente, causou uma redução drástica nas doações. É uma crise sem precedentes. Há interrupção de atividades dentro e fora das instituições, houve redirecionamentos e até cancelamentos de verbas já aprovadas e a instabilidade e dificuldade para captar recursos com pessoas. E, mais do que nunca, é hora de unirmos forças para encontrar respostas e alternativas que amenizem os impactos da crise. O momento é de olharmos para o setor e desenhar estratégias e ações em favor das causas e movimentos mantidos Brasil afora. Para o Instituto Sabin apoiar esta iniciativa é mais uma forma de contribuir o fortalecimento da sociedade civil em nosso país", ressalta.

O estudo é coordenado pela Mobiliza e Reos Partners, conta com apoio financeiro da Laudes Foundation, Instituto Sabin, Fundação Tide Setubal, Instituto ACP e Instituto Ibirapitanga; além de um comitê estratégico composto por diversas organizações sociais, como ABCR, GIFE, Ponte a ponte, Movimento Arredondar, Move Social, Prosas, Instituto Filantropia e Nossa Causa.