Sua vida financeira: 5 mudanças essenciais daqui pra frente
Por: Conrado Navarro, Sócio e Especialista em Finanças Pessoais na Grão
A situação causada pela pandemia tem causado reflexões profundas em muitas pessoas. Tem quem acredite que o mundo vai ser bem diferente depois que as coisas melhorarem. Faz sentido, mas uma transformação maior precisa partir de pequenas mudanças dentro de casa.
Você já mudou algum hábito relacionado, ao seu bolso, por exemplo? Sua vida financeira pode ser diferente a partir de agora, mas isso vai depender do quanto você vai aproveitar este momento de incertezas para agir. Quer algumas sugestões do que você deve fazer? Vamos lá.
1. Questionar seus hábitos de consumo:
Uma pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostrou que, em abril, quase 80% dos consumidores comprava apenas o essencial. A realidade da pandemia, que para alguns significou inclusive distanciamento social maior, já mudou os hábitos de consumo e perfil de gastos no orçamento doméstico.
Dentro deste contexto, você precisa avaliar quanto desta nova forma de consumir pode continuar depois que tudo voltar ao normal (ou quase). O supérfluo pode ser importante para dar sentido, mas não precisa ser ele próprio uma espécie de terapia. Agora você sabe que é possível viver com menos coisas e mais paciência e organização.
2. Categorizar melhor as despesas:
O momento de introspecção proporcionado pela pandemia também colocou muitos brasileiros diante de uma realidade até então ignorada: os gastos não eram devidamente controlados, mesmo por aqueles com algum controle financeiro básico.
A questão aqui não é exatamente quanto dinheiro entrou e saiu, mas como ele foi gasto. Categorizar adequadamente os gastos, criando nomes sugestivos e fáceis de associar com a realidade é tão importante quanto economizar e negociar.
Dois exemplos que devem ser evitados: a) criar uma categoria genérica, tipo “Outros” ou “Diversos”; e b) transformar o cartão de crédito em uma categoria, o que ele não é (o cartão é o meio de pagamento).
3. Valorizar o comércio local:
Com as ruas desertas e diante de muitas lojas e locais que você gosta de frequentar fechados, você talvez tenha percebido o quanto o comércio local é importante. A economia da sua cidade depende muito do que acontece nesses lugares.
Você sempre deve “pechinchar” e pesquisar preços, inclusive usando as ferramentas disponíveis na Internet. Antes de comprar através do computador, tente negociar com os comerciantes locais, que agora também sabem que precisarão ser mais competitivos do que nunca.
4. Fazer menos dívidas e compras parceladas:
Quanto menos você comprometer seu futuro financeiro, melhor. A lição é bem simples, mas agora ganha um apelo maior. A dúvida em relação ao que vai acontecer com a nossa economia e nossas empresas deve ser transformada em ação. Hora de comprar só o que você pode pagar.
O exercício de parcelar menos suas compras requer mais paciência e controle financeiro, mas compensa. Além de pagar mais barato (sem juros), você não fica ansioso(a) com o tamanho do carnê e o que isso pode representar se as contas ficarem maiores no futuro.
5. Guardar dinheiro (inclusive para emergências):
Guardar dinheiro é tão importante quanto economizar. Liberdade financeira de verdade só combina com um orçamento preparado para absorver bem momentos como o que estamos vivendo. Além disso, quem estabelece objetivos e guarda pensando neles, tem mais motivação para evitar tentações de consumo.
Imprevistos e emergências são a regra, não exceção. Comece guardando o máximo possível, mesmo que isso represente poucos reais e pareça não fazer muito sentido. Aumente aos poucos e pense em construir uma reserva de emergências correspondente a seis meses de seu padrão de vida.
Sobre a Grão
Lançada em 2018, a Grão é a primeira fintech a viabilizar o micro investimento no Brasil. Com ela é possível investir a partir de R$ 1 em títulos públicos, sem taxa de administração. O objetivo é ajudar os brasileiros a criarem o hábito de poupar pequenos valores, incentivar a formação de uma “reserva” financeira para diminuir o endividamento e ser o passo inicial para futuros investimentos que possam ser mais rentáveis.
O usuário Grão tem acesso a um organizador financeiro, que ajuda a entender onde estão alocados os gastos (em categorias) trazendo o resultado de quanto se pode guardar no mês. Também são disparadas dicas de comportamento financeiro e melhor uso do dinheiro. Para quem gosta de desafios, foi desenvolvido dois: o 7 e 21 dias, no qual o usuário guarda pequenas quantias durante esses períodos, para melhor se adequar e criar de forma leve o hábito de guardar dinheiro.
À frente desta inovação estão os ex-sócios da corretora Rico, Monica Saccarelli e Frederico Meinberg, que idealizaram o modelo inspirados em fintechs americanas e em pesquisas que realizaram no Brasil. Tamanha facilidade tem atraído cada vez mais usuários de diferentes perfis que desejam guardar dinheiro para conquistar seus objetivos.
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