Conheça lojas virtuais que aumentaram suas vendas no último mês e entenda como está o cenário do e-commerce no Brasil
A mudança de hábitos após a chegada da pandemia causada pelo Covid-19 no mundo está refletindo em diversos setores fazendo do comércio eletrônico uma das principais saídas para interligar consumidores e empresas em meio ao isolamento social. Só no Brasil, por exemplo, as vendas online apresentaram um aumento de 180% em transações, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).
Itens de alimentação, saúde, brinquedos, games, entre outros, são os que mais apresentam procura pelos consumidores. De acordo com um estudo realizado pela Konduto, antifraude para pagamentos online, os seis setores que apresentaram crescimento expressivo de pedidos entre 15 e 25 de março em comparação com os dez primeiros dias do mês são brinquedos (643,05%); supermercados (448,09%); artigos esportivos (187,90%); farmácia (74,70%); games online (58,46%) e aplicativos de entrega (55,66%).
"O crescimento de segmentos que vendem produtos básicos online, como farmácias e supermercados, já era esperado diante das medidas de quarentena e isolamento. Por outro lado, os consumidores se preocuparam em garantir entretenimento para todas as idades no período, vide o avanço de brinquedos e games online", diz Tom Canabarro, CEO e cofundador da Konduto.
Os números estão em convergência com o report "Os efeitos do Covid-19 na logística do e-commerce" realizado pela Intelipost, empresa líder em tecnologia para a logística. Além de mapear os setores mais afetados, o estudo também identificou que o número de pedidos de compras via e-commerce teve um aumento de 32% em São Paulo e 52% no Rio de Janeiro em comparação ao mesmo período em 2019.
Esse cenário é reflexo de empresas que tornaram possíveis e impulsionaram suas vendas por meio do comércio eletrônico. A Suprevida, por exemplo, é uma plataforma de acesso à informação, contratação de serviços e produtos médicos para quem precisa de cuidados em domicílio e sentiu na pele a alta procura por produtos de saúde. A empresa apresentou um crescimento de 60% nas vendas durante a pandemia.
Já a Criamigos, rede de pelúcias personalizáveis com foco na experiência do consumidor, com atuais 19 oficinas, está investindo em ações de relacionamento e engajamentos dos consumidores através de propostas de brincadeiras através das redes sociais, plataformas nos quais também têm investido para oferecer vantagens ao consumidor. Entre as medidas, estão o "Amigo Delivery", com frete gratuito para compras no site a partir de valores determinados pelas franquias; 50% a mais de de crédito para compras de cupons de R$ 100, a serem usados até outubro de 2020; e cupons de desconto disponibilizado pelos franqueados para clientes, no qual 10% é revertido total para a unidade.
Outro exemplo é a Chocolate Lugano, principal marca de chocolates finos de Gramado, que com a mudança na rotina da população nos últimos dias e o período mais doce do ano chegando, a Páscoa, resolveu facilitar as compras no seu e-commerce: acima de R$150 o frete é grátis para todo o Brasil para todos os produtos da marca, inclusive a linha comemorativa. Além disso, os clientes também podem parcelar suas compras em até seis vezes sem juros. Com esse incentivo ao consumidor, a marca observou um crescimento de 104% nas vendas de março em comparação ao mês de dezembro do ano passado, quando é comemorado o Natal, uma das datas que a marca mais vende.
Os brasileiros também têm procurado maneiras alternativas de se divertir e passar o tempo em casa. Segundo o Promobit, plataforma de social commerce, isso fica representado no aumento de 46,82% pela procura por jogos e 42,61% por brinquedos. A busca por perfumes e colônias também chamou a atenção, pois somou 43,02% no período. Fabio Carneiro, co-fundador da plataforma, vê esse cenário de muitas incertezas, tanto sobre o período de isolamento social, como sobre qual será a reação da economia frente a esse desafio. "Alguns estudos apontam que estamos entrando em uma época em que uma parte das pessoas vão focar em consumir itens essenciais, como comida e itens para saúde, mas por outro lado, a necessidade de estar mais tempo em casa, faz com que aumente os gastos com entretenimento em casa", finaliza.
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