Impactos do coronavírus
“O número de infectados pelo vírus 2019-nCoV (coronavírus) não para de subir. Ao todo, já são mais de 630 casos confirmados de infecção, com 18 óbitos confirmados. Além disso, a doença já se espalhou para outros países e tem casos comprovados em Hong Kong, nos EUA e Arábia Saudita.
Ainda assim, o chefe do Comitê de Emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS), Didier Houssin, afirmou que ainda é cedo para considerar o coronavírus como um caso de emergência pública de saúde de preocupação internacional. Nem por isso, no entanto, as bolsas se acalmaram. Lembranças da epidemia ocorrida em meados de 2003 (SARS) elevam o receio de uma nova crise sanitária global. Como medida de segurança, o governo chinês cancelou a tradicional comemoração do ano novo lunar e elevou para sete o número de cidades sob quarentena. Wuhan, por exemplo, cidade onde o vírus se originou, teve o serviço de transporte público suspenso. No total, são cerca de 23 milhões de pessoas vivendo em cidades que estão isoladas para impedir a disseminação do vírus.
Mas as consequências não param por aí. No mercado financeiro, as principais bolsas internacionais reagiram negativamente às notícias publicadas nos últimos dias. Isso se deve, em grande parte, ao temor de que uma queda no consumo interno de produtos e serviços na China afetem a economia dos países que exportam para lá. O primeiro impacto, por sinal, está sendo no petróleo. O preço do barril vem registrando queda pelo terceiro dia seguido e já passou a ser negociado a US$ 54,77 no dia, ao passo que setores como aviação e transporte começam a sentir o impacto direto do esvaziamento das ruas. Já no caso do Brasil, no entanto, o principal impacto deverá ser notado na exportação de produtos agrícolas, uma vez que a China é um dos nossos principais mercados consumidores de soja, carne e outros produtos do mesmo setor.”
Ernani Reis, analista da Capital Research
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