Manejo adequado da arquitetura vegetal impulsiona a produtividade da soja
Através de estímulo de produção de nós, Aminoagro Alga+ supera produtividade com 17,2 sc/ha comparado a produto controle
A arquitetura vegetal é um fator de produtividade importante da cultura, que engloba o aspecto visual da planta, tamanho, forma, densidade, estrutura, disposição da folhagem e textura de suas partes vegetais; que está relacionada à forma como o vegetal ocupa e se desenvolve no espaço. Entender e aplicar melhores técnicas de manejo neste processo é fator de sucesso para produtividade da soja.
Em Santa Carmem, MT, temos um exemplo impressionante da importância do manejo da arquitetura vegetal. O produtor de soja Sr. Nelson Kappes conta que os experimentos para o cultivo do famoso pé de soja gigante, o levaram a entender como seria possível cultivar uma planta de três metros de altura, com 21.425 vagens, que entrou para o Livro dos Recordes.
Para as sementes, houve cruzamento genético, mas são os cuidados com a terra e manejo da planta que fazem toda diferença. O Sr. Nelson explica que a área foliar recebe atenção especial, tudo com muita cautela. “O produto precisa ser bom, mas qualquer processo errado pode estragar a planta”, alerta o produtor. Para o grande número de vagens, o segredo é ainda mais dedicação. “Tem que dar bom dia e boa noite para a planta”, se diverte ao se referir a atenção ofertada ao cultivo.
O pé de soja gigante do Sr. Nelson é cultivado sem pretensões comerciais, mas o feito deste gaúcho que migrou para o Mato Grosso, ainda jovem, já lhe rendeu diversos prêmios e muita intimidade com a agricultura, por isso não se excita em dizer que o cuidado com a terra é o melhor caminho para a produtividade. “A lavoura exige capricho. A terra tem que ser bem cuidada por nós. Cuidando bem e fazendo o manejo correto se tem retorno sempre”, aconselha Sr. Nelson.
Já nas lavouras com grandes produções, através do melhoramento genético a altura das plantas de soja tem sido significativamente reduzida, especialmente com o objetivo de diminuir os problemas de acamamento, reduzir o autosombreamento, ter maior resposta à nutrição e aumentar a inserção de vagens no terço inferior da plantas. “Esta redução do cultivo favorece as práticas de manejo, porém é preciso estimular a planta para que ela expresse as características desejáveis para melhor produtividade como maior quantidade de nós, galhos, folhas e vagens. Além disso, para melhor aproveitamento e formação da arquitetura vegetal e das estruturas vegetativas a partir dos nós de crescimento, é importante entender as principais características das plantas quanto ao seu hábito de crescimento”, explica Deyvid Bueno, Gerente de desenvolvimento de mercado da Fertiláqua. Vejamos:
Em cultivares de hábito determinado ocorre a interrupção repentina do crescimento no estádio R1 - primeiro estádio reprodutivo da planta, que inicia quando os estilo-estigmas estão visíveis - enquanto as folhas continuarão a desenvolver-se nas ramificações. O florescimento dessas plantas ocorre ao mesmo tempo em todos os nós e, assim como a formação de vagens e grãos, as folhas têm uma certa uniformidade em tamanho e as plantas apresentam um longo racimo terminal no ápice do caule.
Na arquitetura vegetal dos cultivares de hábito indeterminado, o número de nós no caule principal aumenta até o estádio R5 - que corresponde ao enchimento dos grãos até atingirem seu tamanho potencial - sendo que o número final ocorre devido ao número de dias do V1 - quando a plântula está com as folhas unifolioladas (opostas, no primeiro nó foliar) completamente desenvolvidas a R5.5 - vagens com sementes com 76% a 100% de granação em um dos quatro últimos nós da haste principal, com folha completamente desenvolvida, sendo o crescimento linear, com a formação de um nó a cada 3,7 a 5 dias (Pedersen, 2007 apud. FLOSS, 2021), dependendo da temperatura. Entender essa diferença ajuda a saber quando e como se deve organizar o manejo para aproveitamento das características de cada cultivar com mais assertividade. Porém, é importante destacar que, apenas as determinações genéticas não são suficientes para se ter resposta em estruturação de formação de galhos e estatura das plantas.
O pesquisador Elmar Floss, em seu livro Maximizando o rendimento da soja, apresenta diversos fatores que interferem na estatura das plantas, como: cultivar, época de semeadura, população de plantas, disponibilidade de água, temperatura, hábito de crescimento, disponibilidade de nutrientes e dias nublados. Cada um destes fatores nos leva a uma vasta abordagem. Por hora, vamos nos atentar em como moldar a arquitetura de plantas de soja para maior produtividade.
Componentes da estrutura vegetal e ações no manejo para melhor produtividade
Número de ramos
Os ramos produtivos garantem a disposição necessária para o arranjo de estruturas reprodutivas que se transformarão em vagens. A característica genética da cultivar determina o potencial de formação desses ramos, porém fatores ambientais podem comprometer a eficiência das suas formações. Por isso, para um bom desenvolvimento de estruturas vegetativas é preciso haver o crescimento e desenvolvimento de raízes de forma adequada. O incremento no volume radicular pode potencializar a absorção de água e nutrientes e ajudar a regular o crescimento da parte aérea pela produção de hormônios (ácido abscísico, citocinina e estrigolactona), trazendo melhor resposta ao aumento de estruturas vegetativas. A aplicação de condicionador de solos, enraizadores e o uso de práticas de manejo para diminuir a perda de raízes associadas ao uso do Aminoagro Alga+ favorecem a divisão celular nos órgãos vegetais, inclusive no sistema radicular.
Número de nós
Os nós reprodutivos são fator chave para a formação de produtividade pois é deles que vão surgir as flores e vagens, consequentemente. No entanto é preciso que haja um equilíbrio hormonal alinhado a atenuação de estresses para que a diferenciação de gemas ocorra de maneira satisfatória para uma maior a produtividade.
Área foliar
Na cultura da soja, a alteração da atividade fonte (folhas) durante o florescimento e enchimento de grãos, normalmente resulta na alteração do número de vagens e grãos, indicando uma função fundamental das folhas nesse período. Manter uma quantidade equilibrada de área foliar garante o abastecimento adequado para os grãos e não exige que a planta transfira energia para estruturas vegetativas no momento errado, comprometendo a distribuição correta para os grãos. Cultivares de soja com eficiência na interceptação de luz no terço inferior possuem maior eficiência na deposição de gotas de produtos aplicados, levando ao melhor controle sanitário e consequentemente melhor produtividade. “Conhecendo a cultivar e pelo histórico de resposta de crescimento e emissão de folhas é possível saber quando a planta está em uma quantidade ótima ou não. O uso do Aminoagro Alga+, neste caso, entra como uma ferramenta imprescindível para promover o equilíbrio na formação adequada de folhas e produção do aparato fotossintético”, recomenda Deyvid.
Número de Vagens
O número de vagens por unidade de área é o principal componente de rendimento da soja. A fixação das vagens (pegamento) é limitado pelos estresses bióticos e abióticos. A conversão da flor em vagens é estimulada pelo maior teor de citocininas e pela baixa concentração de etileno e ácido abscísico. A citocinina é um hormônio que atua na divisão celular, mobilização de nutrientes e longevidade foliar. Sua produção ocorre no ápice das raízes e transloca para a parte aérea das plantas através do xilema. Como a citocinina também age na diferenciação de gemas laterais para formação de ramificações, as plantas com maior volume de raízes apresentam grande potencial de desenvolvimento de ramificações da parte aérea. Dessa forma, o aumento na concentração de citocinina em plantas de soja pode ser uma opção interessante para o aumento do número de nós pela redução da distância dos entrenós e/ou aumento no número de ramificações. Como vimos anteriormente, o nó representa uma gema reprodutiva que pode formar um racemo contendo várias flores. Isso determina o aumento na ‘caixa produtiva’ que fisiologicamente é designada por aumento no potencial de formação de flores.
Sobre o Aminoagro Alga+
O Aminoagro Alga+, produzido pela Fertiláqua, atende a necessidade de estímulo de produção de nós. Em um trabalho realizado com o Dr. Evandro Binotto Fagan. Crop Physiologist/ Prof. Adjunto do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAN), foram observados os seguintes resultados na Variedade BMX FOCO IPRO:
Esses componentes da estrutura vegetal atestam a eficiência do manejo com Aminoagro Alga+ para promover o aumento da diferenciação de gemas vegetativas sem a necessidade de danificar os meristemas apicais, como algumas práticas de manejo sugerem. Essa melhor gestão de arquitetura proporciona significativos aumentos de produtividade em 17,2 sc/ha no trabalho conduzido.
O uso do Aminoagro Alga+ favorece a expressão genética das plantas, o que leva a maior emissão de nós reprodutivos e, consequentemente, melhor preparo da arquitetura vegetal. Por isso, saber aliar as características da cultivar ao uso do Aminoagro Alga+ é fundamental para extrair o maior potencial produtivo da cultura. “Cada variedade de soja tem sua particularidade quanto a produção de ramos, nós e vagens ao longo do seu ciclo e adaptabilidade ao ambiente, porém ao entender como essas características melhor se adaptam às práticas de manejo adotadas em cada região a aplicação do Alga+, garante a melhor performance da planta”, conclui Bueno.
Sobre o Grupo Fertiláqua
Um dos maiores grupos de nutrição, fisiologia de plantas e revitalização de solo, a empresa Fertiláqua atua por meio das marcas Aminoagro, Dimicron e Maximus, da linha no segmento de cana-de-açúcar, e a linha Golden Seeds para produtores de sementes. A companhia pertence ao Grupo ICL, multinacional israelense há 90 anos no mercado, com 43 fábricas em 13 países e mais de 11 mil funcionários e referência global em tecnologia de nutrição de plantas. A Fertiláqua conta com a sede administrativa em Indaiatuba/SP, fábricas em Cidade Ocidental/GO e Cruz Alta/RS, um Laboratório de Análise de Sementes (LAS) e dois Centros de Inovação Tecnológica (CIT). O grupo disponibiliza uma iniciativa pioneira, o Programa Construindo Plantas (PCP), com ações específicas em cada fase das culturas, do plantio à colheita, para potencializar o desenvolvimento de plantas mais eficientes, e um solo com melhores qualidades físicas, químicas e biológicas, buscando com isso sistemas com maiores potenciais produtivos e consequentemente rentabilidade. Com o objetivo de reconhecer a qualidade das sementes de soja no mercado brasileiro, foi criado pelo grupo o selo Programa Sementes de Verdade.
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