Associação que congrega centrais de abastecimento incentiva o e-grocery
Objetivo da Brastece é priorizar o uso da tecnologia e a modernização do setor que, até então, é tido como tradicional
Os brasileiros adoram feiras livres e supermercados. Passear pelos corredores olhando aquela variedade de frutas, legumes e grãos podendo provar e ouvir dos comerciantes as ofertas do dia são verdadeiros passatempos por aqui. Mas, desde o início da pandemia do novo coronavírus, isso não é mais possível para boa parte da população, especialmente para os que estão no grupo de risco. O jeito encontrado por comerciantes e consumidores para garantir o acesso a alimentos frescos e de qualidade foi por meio da tecnologia, o investimento no chamado e-grocery, que, segundo especialistas, é uma tendência que veio para ficar.
De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (AbComm), compras em supermercados on-line chegaram a registrar aumento de 180% em 2020. Grandes marcas do e-commerce que até então vendiam apenas outros tipos de produtos, também entraram para o segmento de mercado alimentício, oferecendo compras totalmente virtuais e com entrega rápida.
Os permissionários das centrais de abastecimentos de diversos estados do Brasil também querem integrar essa transformação. A Brastece (Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entrepostos de Abastecimento) quer apostar na inovação como ferramenta de fomento do setor que, até então, é conhecido pela sua forma tradicional de atuar. “O nosso ramo é formado, em maioria, por comerciantes que estão acostumados com a negociação presencial - olho no olho como costumamos dizer - mas é preciso se adaptar aos novos tempos e tecnologias como o Pix e WhastApp, por exemplo. Acredito que com a orientação certa, nossos permissionários vão aos poucos se acostumar com a ideia e aderir às vendas pela internet”, explica o presidente da entidade, Waldir de Lemos.
A confederação colocou como pauta principal deste ano o debate e implantação de novas tecnologias para as centrais de abastecimento de todo o Brasil. O primeiro passo acontece já neste mês, com o início de uma série de reuniões on-line que vão mapear as necessidades dos permissionários em diferentes estados do país e entender o nível de tecnologia usada por cada um deles. Posteriormente, a Brastece estuda a elaboração de minicursos sobre como usar a tecnologia nas vendas, bem como o desenvolvimento de aplicativos próprios e integrados, que facilitem a compra por parte de diferentes tipos de clientes. “Temos como maior objetivo implantar um aplicativo que facilite o comércio para os permissionários de maneira uniforme, onde todos os associados possam realizar vendas em diferentes níveis, desde o grande até ao pequeno comprador. Já estamos estudando algumas propostas de tecnologia nesse sentido. O mundo se modernizou e as centrais de abastecimento não podem ficar para trás”, destaca de Lemos.
Brastece - A Confederação Brasileira das Associações e Sindicatos de Comerciantes em Entrepostos de Abastecimento existe desde 2010 e exerce o papel de defesa dos trabalhadores atacadistas da cadeia de alimentos, buscando validar o trabalho do comerciante dos entrepostos e trazer inovações, investimentos e melhorias para o setor. Hoje ela representa 27 entidades distribuídas por todo o país.
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