CFM intensifica uso de touros jovens na seleção
Cerca de 30% dos 35 melhores touros do Sumário Nelore CFM são filhos de reprodutores jovens da própria CFM. “Esse dado comprova a melhoria contínua da nossa genética, safra após safra, e destaca nossa confiança nos novos touros”, aponta Tamires Miranda Neto, gerente de pecuária da Agro-Pecuária CFM. A CFM é líder no fornecimento de reprodutores Nelore no Brasil, já tendo produzido mais de 40 mil touros.
“Um dos mandamentos da genética é que a próxima geração tem de ser melhor do que a anterior. A safra dos touros nascidos em 2019, que será vendida esse ano a partir do Megaleilão Nelore CFM, em 5 de agosto, confirma essa premissa. É a melhor safra de reprodutores da história da Agro-Pecuária CFM, tanto em termos de indicadores zootécnicos quanto em confiabilidade”, complementa Neto.
“Na prática, comprar touros CFM representa um investimento de baixíssimo risco e retorno garantido. A avaliação genética está cada vez mais consistente, inclusive devido à intensificação do uso de touros com DEP genômica”, ressalta o geneticista José Bento Sterman Ferraz, professor de Genética e Melhoramento Animal da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo – campus de Pirassununga (FZEA-USP). José Bento e Joanir Pereira Eler, também da FZEA-USP, são os responsáveis pela avaliação genética dos touros jovens da CFM.
O prof. José Bento aponta outra característica importante do programa de seleção Nelore CFM. Os machos são recriados a campo. “Está aí um ponto de atenção para quem precisa de touros. Cuidado com os animais superalimentados no cocho, selecionados em um ambiente que não reflete a realidade onde o touro vai trabalhar. As DEPs podem até ser boas, mas quando esses touros chegam à fazenda aparecem os problemas de desempenho. Eles, muitas vezes, simplesmente não conseguem cobrir as vacas”, destaca o geneticista da FZEA-USP.
O especialista também valoriza o papel das fêmeas na pecuária. “As vacas representam o maior patrimônio do pecuarista. Afinal, se não tem vaca não tem bezerro”. O prof. José Bento recomenda investir na produção de vacas de alta qualidade. “É essencial usar touros que tenham DEPs elevadas não apenas para ganho de peso, mas também para características reprodutivas, capazes de deixar na fazenda fêmeas de reposição férteis e precoces. E não podemos nos esquecer da alimentação dessas fêmeas. Selecione as melhores bezerras e coloque-as nos melhores pastos. Permita que elas expressem sua genética diferenciada. Aí, a partir dos 14 meses, as desafie, também utilizando reprodutores de qualidade”, explica.
A CFM é precursora na seleção de fêmeas por precocidade sexual, expondo-as à estação reprodutiva aos 14 meses de idade. “A conta é simples: quanto mais cedo as fêmeas emprenharem, mais cedo produzirão bezerros”.
O programa de melhoramento genético da CFM avalia mais de uma dezena de características econômicas ligadas à fertilidade, precocidade, peso e qualidade de carcaça. Todos estes dados estão compilados no Índice CFM, que é revisto periodicamente. “O Índice CFM é relativamente simples, mas perfeito em sua essência pois incorpora o correto balanceamento dos atributos que realmente fazem a diferença (ganho de peso, carcaça, fertilidade e precocidade). Ele está perfeitamente adequado às necessidades do ciclo completo de produção”, aponta o prof. José Bento Ferraz.
Genômica agrega confiabilidade – “A tradição pode ser perigosa. Não se pode viver do passado, mas aprender com ele”. O prof. José Bento diz que não há mais espaço para tentativas e erros na pecuária. É preciso ser profissional para obter resultados. E isso se consegue apenas com muito trabalho e persistência na seleção”, diz, ressaltando a importância da genômica. “A CFM investe em genômica há duas décadas. A incorporação dessa ferramenta nos cálculos das DEPs vem trazendo resultados excelentes e ainda mais confiabilidade ao programa de seleção”.
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