Híbridos de Milhetos Graníferos aumentam a lucratividade dos agricultores
Com produtividade entre 40 e 50 sacas por hectare de grãos de alta qualidade e liquidez, a cultura se tornou uma excelente opção na 2ª safra
Trabalhos demonstram que em áreas onde foi plantado milheto na 2ª Safra, e na sequência semeado soja, essa teve incremento na produtividade em mais de três sacas por hectare
Mais comumente usado para produção de palhada, proteção e melhorias dos solos, o milheto tem se firmado como uma cultura lucrativa para a 2ª safra
Os Híbridos Graníferos de Milheto se consolidaram como uma cultura lucrativa com ganhos diretos e indiretos para os agricultores. As cultivares disponíveis já entregam entre 40 e 50 sacas por hectare de grãos de alta qualidade, se tornando uma excelente alternativa para o plantio na 2ª Safra. Subtraindo os custos de insumos e operações, a cultura pode deixar uma lucratividade direta de cerca de R$ 900 por hectare apenas com a venda dos grãos, considerando preços de outubro/2020, de acordo com o Departamento de Pesquisa ATTO Sementes.
O diretor comercial da Atto Sementes - empresa que investe na cultura -, Juca Matielo, ressalta que a alta produtividade alcançada pelos híbridos auxilia os agricultores a conseguirem um ganho interessante. “Geralmente o agricultor acaba plantando o milho na 2ª safra, mas para os plantios após 25 de Fevereiro, nossos Híbridos de Milheto tem um encaixe perfeito, isso porque os cultivares são eficientes em aproveitar a água disponível, e o produtor com isso minimiza os riscos inerentes a essa época, conseguindo obter renda num momento que não teria, além de deixar muitos benefícios pra cultura subsequente”, afirma.
Mais de três sacas por hectare na soja
Além da lucratividade gerada pela produção de grãos, os híbridos de milheto também conseguem gerar outros ganhos.
Trabalhos a campo em lavouras comerciais, realizados pelo Departamento de Pesquisa ATTO Sementes, demonstram que o aumento de produtividade da soja, sobre a palhada de milheto, pode chegar a 3,48 sacas a mais por hectare, resultado esse obtido na média de quatro safras consecutivas, ou seja, mais de R$400,00 em ganhos indiretos considerando preços de outubro/2020. “Por sua alta sinergia com a soja, o agricultor consegue ganhos diretos e indiretos com a cultura do milheto, aumentando a sua rentabilidade como um todo”, destaca Matielo.
O milheto também traz vários benefícios, por ter um sistema radicular profundo e abundante, ele recicla os nutrientes do solo que se encontram nas faixas de solos mais profundas, disponibilizando esses nutrientes para a cultura subsequente, o que ajuda na produtividade da soja plantada logo após a safra do milheto. “Esse benefício é também aproveitado para várias outras culturas como o algodão, café e hortifruti em geral”, afirma Luiz A. Bonamigo.
A sinergia dos híbridos de milheto graníferos ADRG 9060 e ADRG 9070 vai além: “Eles também reduzem a população de um nematoide que afeta muito a produtividade da soja, que é o Pratylenchus brachyurus”, declara Luiz A. Bonamigo.
Grãos de qualidade para a produção de ração
O teor de proteína do grão de milheto produzido a partir dos híbridos graníferos é também uma vantagem, chegando a apresentar 14%. Portanto, o grão consegue gerar uma ração de alta qualidade aos animais, diminuindo os custos dos produtores. “Na formulação de rações, o custo mais elevado é o da proteína. E, quando o farelo de soja fica mais caro, o milheto acaba tendo uma competitividade imbatível”, relata Luiz Bonamigo. Ele ainda cita a questão de o milheto poder ser usado in natura, sem a necessidade de moer, gerando, então, uma economia com energia elétrica no processamento da ração.
O produtor de ovos do município de Garça (SP), Wilson Makoto Kawakita, utiliza o milheto como ração para suas aves há seis anos. Antes, comprava o milho para a alimentação das galinhas, porém percebeu a economia que o milheto poderia trazer e decidiu por usar somente o milheto. “Ele é mais barato que o milho e a produtividade das aves é a mesma. Por isso, compensa mais usar o milheto”, destaca.
O mesmo acontece na granja de Orlando Matsuda, da cidade de Bastos (SP). “É um bom produto, pois tem mais proteína do que o milho e não precisa moer. As galinhas gostam mais do milheto do que do milho e do sorgo, pois tem mais palatabilidade”, afirma.
O mercado de grãos de milheto já está consolidado por sua qualidade e diferenciais e, por isso, apresenta alta liquidez, com preços atingindo 90% do preço do milho na maioria das regiões produtoras.
Pesquisas constantes
A ATTO Sementes começou a investir no melhoramento de milheto em 2002 por entender que seria uma cultura altamente sinérgica com a soja para a formação de palhada de qualidade e de lá pra cá, o projeto só cresceu. O primeiro híbrido de milheto da Atto Sementes foi lançado no mercado em 2007, e o projeto evoluiu, sempre buscando o aumento de produtividade de grãos, para gerar cada vez mais renda aos nossos clientes. “Os Híbridos Graníferos que estão no mercado hoje, ADRG 9060 e ADRG 9070, apresentam uma excelente entrega ao agricultor, pois são sinérgicos com as grandes culturas e já alcançaram um excelente patamar de produtividade de grãos. Mas o projeto de melhoramento está crescendo e investimos a cada ano para buscar ainda mais produtividade. Teremos boas novidades nos próximos anos”, afirma o melhorista-chefe, Luiz A. Bonamigo.
Sobre o Grupo ATTO
Com sede em Rondonópolis (MT), o Grupo ATTO é a holding proprietária da ATTO Sementes - antiga Sementes Adriana, líder na produção de sementes de soja no Brasil com 40 anos de história na agricultura nacional. O fundador do grupo, Odílio Balbinotti, chegou a Mato Grosso em 1980 e, mesmo com os desafios da época, conseguiu produzir sementes de qualidade para uma então nova fronteira agrícola, no município de Alto Garças. Desde 2003 a empresa é presidida por Odilio Balbinotti Filho e, além da semente de soja, passou a produzir sementes de milheto, crotalária, azevém e brachiaria, que plantam mais de 1,5 milhão de hectares no Brasil e mais oito países. Em setembro de 2019, o Grupo lançou a plataforma PlantUP, que vem contribuir com a tomada de decisão do agricultor, alinhada com o propósito de elevar sua competitividade sem o aumento de custos.
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