Após pesquisa participativa, Colmeia Viva aprimora Assistência Técnica e caem relatos de mortalidade de abelhas
Mapeamento de abelhas feito com a participação de mais de 200 agricultores e apicultores, de 78 municípios, ancorou ação do setor de defensivos agrícolas
Uma iniciativa da indústria de defensivos agrícolas para combater o mau uso de produtos e preservar abelhas, o Movimento Colmeia Viva celebra o sucesso de seu programa de Assistência Técnica. Implantado há cerca de dois anos, logo após a conclusão da pesquisa MAP - Mapeamento de Abelhas Participativo -, feita com a participação de agricultores, apicultores e acadêmicos das universidades Unesp e UFSCar, o serviço oferece suporte especializado gratuito no manejo de agroquímicos e colmeias nas áreas rurais.
Conforme o Colmeia Viva, tem sido crescente a adesão do campo à proposta central do serviço de Assistência Técnica, que é a de esclarecer dúvidas e compartilhar boas práticas na relação entre agricultura e apicultura. O movimento ajuda a viabilizar a complementaridade entre defensivos agrícolas e abelhas, além de mitigar casos de mortalidade desses insetos polinizadores. A meta do Colmeia Viva é elevar continuamente o número de atendimentos da Assistência Técnica.
O médico veterinário Daniel Espanholeto, especialista em uso correto e seguro do Colmeia Viva, salienta que o MAP constituiu uma iniciativa de pesquisa concebida para investigar causas de mortes de abelhas no entorno de lavouras. Com a participação dos acadêmicos Osmar Malaspina e Roberta Nocelli, das universidades Unesp e UFSCar, respectivamente, o trabalho abrangeu mais de 200 agricultores e apicultores em 78 municípios paulistas.
“Assistência Técnica é parte de uma estratégia de médio e longo prazos para incentivar a construção de uma relação mais produtiva entre agricultura e apicultura, entre o agricultor e o apicultor. O serviço atende agricultores, criadores de abelhas, aplicadores de defensivos agrícolas, distribuidores, revendedores e equipes de vendas das empresas signatárias”, explica Espanholeto.
“Quando necessário, atendemos agricultores e apicultores diretamente nas propriedades de um e outro. Com essa estratégia, de 2018 até hoje caíram os relatos aos canais do movimento sobre mortes de abelhas ocasionadas por mau uso de defensivos”, continua Espanholeto. Ainda de acordo com o especialista, o movimento atua nas áreas agrícolas da Bahia, de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Acessível pelo 0800 771 8000, Colmeia Viva Assistência Técnica também orienta agricultores, apicultores e prestadores de serviço pelo telefone, e os incentiva a aderir a outras ferramentas de suporte, como Colmeia Viva APP e Manual de Boas Práticas. O primeiro é um aplicativo que facilita o diálogo entre agricultores e apicultores, enquanto o manual detalha medidas fundamentais para proteger cultivos, abelhas e meio ambiente.
Analista de uso correto e seguro do Colmeia Viva, a engenheira agrônoma Rhaissa Michievicy assinala que o estudo MAP, que ancorou o modelo de assistência técnica prestado pelo movimento, compreendeu visitas a campo, coleta de abelhas para análises, identificação do perfil de apicultores e práticas de manejo de apiários.
“Avaliamos ainda a relação entre abelhas e agricultura e entre resíduos de produtos químicos e mortes de polinizadores. Este trabalho demonstra o reconhecimento da indústria de defensivos no tocante a seu papel estratégico na construção de uma relação mais produtiva entre agricultura e apicultura.”
Do ponto de vista qualitativo, observa a analista, o serviço de Assistência Técnica serviu de suporte à aproximação e à construção de parcerias do Movimento Colmeia Viva com empresas do agronegócio, órgãos de governo, acadêmicos, agricultores e apicultores. “Surgiram ainda treinamentos customizados para agricultores e apicultores, na forma presencial e a partir de agora também no formato EAD (ensino à distância)”, conclui Rhaissa Michievicy.
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