Inteligência artificial pode dar suporte para psicólogos? Especialista em saúde mental opina
Psicólogo Alexander Bez explica se ferramentas de inteligência artificial pode auxiliar usuários a lidar com problemas e emoções
Nos últimos anos, o cenário da saúde mental tem sido marcado por um aumento significativo nos casos de transtornos mentais, impulsionando o surgimento de diversas ferramentas digitais voltadas para o cuidado psicológico. Entre essas ferramentas, destacam-se os aplicativos de saúde mental, que oferecem desde robôs de conversa até jornadas instruídas e meditação guiada.
Segundo o psicólogo especialista em saúde mental, Alexander Bez, a utilização desses mecanismos precisa ser feita com muita cautela. Ele enfatiza que a interação médico-paciente é fundamental na terapia, independentemente se conduzida por um psicólogo, psiquiatra ou psicanalista. "É nessa troca humana que reside o potencial curativo para o paciente", diz Bez. Ele questiona a aplicação da inteligência artificial na psicologia, argumentando que os robôs não podem replicar o efeito terapêutico genuíno proporcionado pela interação humana.
Bez, com vasta experiência na área, acredita que a abordagem funcional da inteligência artificial na psicologia é ilusória. "Conversar com um robô desvirtua a essência da psicologia", ressalta. Ele destaca que transtornos mentais como a psicose requerem uma abordagem terapêutica abrangente, que só pode ser alcançada por meio da interação profunda entre médico e paciente.
Em suas palavras, "A implementação da inteligência artificial na psicologia poderia ser prejudicial, aumentando a incidência de transtornos devido à falta de interação humana e à ausência de um tratamento adequado", Bez defende veementemente a interação humana como elemento-chave na terapia e se posiciona contrário à substituição dessa interação por ferramentas artificiais.
Segundo o psicólogo, a utilização da inteligência artificial na saúde mental requer uma análise cuidadosa, considerando os benefícios e limitações dessas ferramentas em relação à interação humana e ao cuidado terapêutico abrangente. Não há problemas em utilizar a inteligência artificial como um apoio complementar, desde que não seja vista como substituta do profissional de saúde mental.
Alexander Bez - Psicólogo; Especialista em Relacionamentos pela Universidade de Miami (UM); Especialista em Ansiedade e Síndrome do Pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA); Especialista em Saúde Mental. Atua na profissão há mais de 27 anos.
Compartilhe:: Participe do GRUPO SEGS - PORTAL NACIONAL no FACEBOOK...:
<::::::::::::::::::::>