A importância do cuidado com a saúde emocional no final do ano letivo
Manter o foco e controlar a ansiedade são fundamentais para uma vida pessoal e estudantil saudáveis
A escola tem um papel importante no debate sobre saúde mental, pois é em torno dela que os alunos passam boa parte do dia, estruturam relações afetivas e sociais, experimentam novas atividades e entram em contato com uma multiplicidade de referências culturais.
Ter saúde mental é conseguir lidar de forma adequada com sentimentos e rotinas, mantendo as atividades em dia, respeitando limites e emoções, de forma que se compreenda que sentir tristeza, ansiedade, euforia e medo, por exemplo, é normal, desde que esses sentimentos e emoções não afetem o dia a dia.
Os pais são o porto seguro dos filhos e por isso, devem transmitir tranquilidade e colaborar na orientação sobre os cuidados diários. “A melhor maneira de estabelecer uma parceria com as famílias é a transparência, por exemplo, explicando a importância da escola na vida das crianças e dos jovens. Cabe a todos nós monitorar e acompanhar a trajetória e o desenvolvimento dos filhos, garantindo sua segurança e os cuidados com a saúde mental”, esclarece a coordenadora do Ensino Fundamental - Anos Finais, do Colégio Marista Arquidiocesano, um dos mais tradicionais da capital paulista, Simone Alves Freitas Dias.
Sentimentos
De acordo com a coordenadora, a prática da escuta e abertura à fala do aluno é essencial para as diversas situações rotineiras, como dificuldades escolares, medo, ansiedades, dificuldades de interação, entre outras.
O Colégio Marista Arquidiocesano possui um projeto denominado Interioridade, que desenvolve habilidades emocionais e sociais por meio de vivências e reflexões sobre o autoconhecimento, promovendo o exercício da empatia, diálogo para a resolução de conflitos e a entender-se para poder lidar com o que se sente, com o que se faz, com os desafios que se impõe, acolhendo melhor a si e aos outros.
O projeto estimula o pensamento criativo, a consciência corporal e o equilíbrio emocional do aluno, trabalhando práticas de autoconhecimento e autocuidado. É proposto um processo de acompanhamento dos estudantes para possibilitar com que cheguem à sua dimensão mais profunda e encontrem o que dá sentido à sua vida.
Simone explica ainda que os alunos devem estar conectados ao presente, não abrindo mão de atividades que tragam alegria como leitura, jogos, atividades físicas leves, uma boa alimentação, inclusive tendo contato com o preparo e o manuseio dos ingredientes. “É importante que os estudantes tenham tempo dedicado ao sono, ao lazer, às tarefas domésticas, de estudo para não deixar a ansiedade e o medo tomarem conta”, afirma. “Devemos ter consciência de nossas responsabilidades, mas não nos cobrarmos demais caso não consigamos cumprir com toda a rotina estabelecida”, complementa a professora.
Sobre os Colégios Maristas
Os Colégios Maristas estão presentes no Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e São Paulo com 21 unidades. Nelas, os mais de 25 mil alunos recebem formação integral, composta pela tradição dos valores Maristas e pela excelência acadêmica. Por meio de propostas pedagógicas diferenciadas, crianças e jovens desenvolvem conhecimento, pensamento crítico, autonomia e se tornam mais preparados para viver em uma sociedade em constante transformação.
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