Emily Dobson, uma das mais experientes conselheiras educacionais do país, indica cinco aspectos essenciais para quem planeja estudar fora
Emily fará palestra para os alunos da Escola Bilíngue Pueri Domus durante a Education & Career Fair, feira universitária, que reunirá 30 instituições estrangeiras nesta quinta-feira (8)
Cursar a graduação no exterior é o sonho de muitos jovens. No entanto, antes de aplicar para uma universidade é preciso ter em mente alguns aspectos importantes a fim de fazer a escolha mais acertada e evitar arrependimentos. Emily Dobson é consultora Educacional há mais de duas décadas e, em 2013, fundou o The Caribbean and Latin American Network, grupo criado para educadores envolvidos em práticas de aconselhamento universitário, hoje com mais de 250 membros em 24 países da América Latina.
Nesta quinta-feira (08/09), ela dará uma palestra para, aproximadamente, 600 alunos, das 4 unidades da Escola Bilíngue Pueri Domus, em São Paulo. O evento faz parte da Education & Career Fair, Feira de Educação e Carreira, idealizada pela Escola e que reúne 50 instituições de Ensino Superior, sendo 30 delas do exterior, de países como EUA, Nova Zelândia, Canadá, Austrália, Reino Unido e Suíça. O objetivo é que os alunos possam conhecer melhor as especificidades de cada universidade.
Emily listou os 5 principais aspectos para quem quer estudar fora, mas não sabe qual o primeiro passo. Conheça as dicas e boa sorte!
1) Quanto minha família pode gastar:
Estudar fora do Brasil custa caro. Nos EUA, por exemplo, pode variar entre 25 e 85 mil dólares por ano. Por isso, a primeira pergunta que o adolescente deve fazer é: qual é o gasto máximo, em dólares, que minha família pode ter para custear minha educação? É a partir deste orçamento que a pesquisa por universidades deve ser feita.
Emily explica que uma opção para quem quer gastar menos é começar a graduação em uma Community College. Como nos EUA os alunos cursam durante os dois primeiros anos matérias gerais, comuns a todos os cursos, as universidades coletivas são alternativas mais em conta, pois se dedicam a esse primeiro momento da graduação. Depois, com boas notas, os alunos podem transferir suas matrículas para outras universidades, solicitando, inclusive, bolsas de estudo.
“O fator financeiro é o mais importante. No mundo inteiro existem mais de 17 mil universidades, com custos e perfis diferentes. Com o orçamento em mente, aí sim a busca deve começar. Em seguida aponto dois fatores: o curso de interesse e o perfil da universidade. A felicidade do aluno é superimportante para uma boa adaptação. Não adianta a pessoa odiar neve e ir estudar em um lugar muito frio”, conta Emily.
2) O que eu preciso para conseguir uma bolsa de estudos?
As universidades costumam ter dois critérios para a concessão de bolsas de estudos: mérito e necessidade. O primeiro é o mais comum, e as notas dos alunos durante o Ensino Médio são avaliadas. Algumas instituições também valorizam atividades voluntárias e esportivas. Já o critério de necessidade é avaliado a partir de dados socioeconômicos. O aluno precisa apresentar o Imposto de Renda e carta do Banco. Novembro é quando as universidades costumam disponibilizar a maior parte de suas bolsas.
Emily afirma, no entanto, que são raras as universidades que concedem bolsas de estudos integrais. Além disso, a maioria delas não cobre os custos indiretos, como passagens, moradia, alimentação e seguro de saúde. Desta forma, até aqueles estudantes que desejam uma bolsa completa devem ter ao menos 10 mil dólares por ano para esses outros gastos.
3) Como pesquisar as bolsas?
Os sites das universidades costumam detalhar como é o processo seletivo para concorrer às bolsas de estudos. Emily ressalta que muitos países também oferecem auxílios para estudantes a partir de seus órgãos competentes. Há, por exemplo, possibilidades de convênios com o governo brasileiro. Por isso, ela orienta que os interessados busquem nos sites do Ministério da Educação do país de destino.
“Alunos que possuem dupla nacionalidade, por exemplo, têm mais facilidade de obter bolsas de estudos. Há também convênios interessantes com o governo brasileiro. Por exemplo, Brasil e Japão têm parceria internacional, e a obtenção de auxílio é mais fácil”.
4) Já sei para onde quero ir. Como posso me organizar?
O aluno que deseja estudar fora deve começar a busca já no 1º ano do Ensino Médio. Esse é um bom tempo para imersão no processo. Quem não é organizado, o prazo máximo são seis meses antes do início das aulas. Menos do que isso, não dá.
No momento de preencher o formulário de aplicação, o estudante precisa ter em mãos: três cartas de recomendação em inglês, histórico escolar traduzido, teste de proficiência e pelo menos uma redação explicando o motivo pelo qual escolheu aquela instituição. As cartas devem ser de um coordenador da escola e de dois professores que tenham boa relação com o estudante e cujos interesses de estudo são parecidos.
“As universidades valorizam o conhecimento dos interessados sobre o curso e sobre a própria instituição. Por isso, oriento a participar de webinar, palestras e outras atividades acadêmicas. Os avaliadores querem conhecer a história de seus futuros alunos e o envolvimento deles com projetos interessantes”, ressalta Emily.
5) Pense em planos B e C:
O aluno não deve ter apenas uma universidade em sua lista de interesse. Para evitar frustrações, Emily aconselha ter pelo menos três opções. E, claro, compreender as especificidades de cada uma:
“Estudar fora é muito bacana, mas o aluno também tem que ter orgulho de ficar no Brasil. Às vezes, as universidades para onde ele aplicou estão com poucas vagas para estudantes estrangeiros. Uma boa opção é começar a graduação aqui e fazer um intercâmbio durante o curso”, resume Emily.
SOBRE PUERI DOMUS
Com 55 anos de história, a Escola Bilíngue Pueri Domus é um centro de referência e excelência em educação, cujo objetivo é formar cidadãos críticos, éticos e com senso de responsabilidade e de liderança. Como IB World School, o Pueri Domus é uma das primeiras escolas brasileiras a receber a creditação do IB, com isso oferece aos alunos do Ensino Médio o currículo brasileiro com o certificado do International Baccalaureate. Atualmente, o Pueri Domus, que faz parte das Escolas Premium do Grupo SEB, atende mais de 3.300 alunos da Educação Infantil ao Ensino Médio, tem um currículo bilíngue integrado e está presente em quatro bairros de São Paulo: Aclimação, Itaim, Perdizes e Verbo Divino.
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