Educação do futuro: como as escolas podem se preparar
Pandemia abre portas para o avanço da tecnologia da educação, instigando professores e redes de ensino a buscarem melhorias e inovações no ensino
Tecnologia na educação tem sido um tema debatido há tempos antes da pandemia. Em 2021, segundo pesquisa da TIC Educação 2020, grande parte das escolas não fazia uso da tecnologia. Apenas 21% das escolas participantes do estudo afirmaram disponibilizar cursos virtuais. Com a pandemia, as redes de ensino se viram, então, obrigadas a se adaptarem ao ensino tecnológico, porém, com desafios. Segundo estudo aplicado também pela TIC Educação 2021, mais de 818 mil professores não passaram por qualquer formação durante a pandemia e alegaram problemas de conectividade e falta de acesso a equipamentos eletrônicos como alguns dos fatores que atrapalharam o desenvolvimento dos alunos.
Além dos professores, alunos também precisaram se adaptar à mudança virtual e desenvolver organização, disciplina e autonomia. Para o Gerente de Soluções Escolares dos Anos Finais e Ensino Médio da Rede Decisão, grupo educacional brasileiro fundado responsável pela gestão pedagógica de escolas privadas de educação básica Lucas Madsen, a pandemia apenas antecipou o inevitável: a educação do futuro.
“Muitas escolas e educadores tiveram que rever suas práticas no período de pandemia para atender às novas demandas da sociedade. Depois houve a urgência em criar ambientes híbridos, utilizar plataformas de aprendizagem e trazer soluções digitais para o cotidiano escolar. Por outro lado, a pandemia trouxe também a percepção de que o digital sozinho não é suficiente para uma educação de qualidade. Por isso se fala que o futuro da educação será híbrido”, opina.
Diante de tantas mudanças, Madsen sugere como as escolas podem adotar cenários híbridos de forma gradual. “Na Rede Decisão, por exemplo, permitimos que o estudante se adeque ao digital, sem precisar se desprender totalmente do analógico. Para isso, usamos alguns métodos, como manter tarefas online, mas sem abrir mão do livro físico, também retomamos as aulas presenciais, mas com eletivas online, e usamos ambientes online de aprendizagem, mas com avaliações na sala de aula”. No entanto, Madsen reforça que qualquer tipo de implementação tecnológica não substitui reflexões continuas que levem a inovações constantes no aprendizado da educação do futuro.
Madsen defende o papel do educador como um designer de experiências – termo usado pelo escritor americano, Marc Prensky. “O professor do século XXI precisa diminuir o foco no conteúdo para concentrar esforços na formação do aluno, como um treinador. Isso exige que ele faça curadoria e auxilie o aluno na formação de cursos instigantes e os ajude a aplicar a educação como solução de problemas do cotidiano”, finaliza.
Sobre a Rede Decisão
A Rede Decisão é um grupo educacional brasileiro fundado em 1984 e responsável pela gestão pedagógica de escolas privadas de educação básica (“K-12”). O grupo tem 16 unidades localizadas nos estados de São Paulo e Minas Gerais. E, atualmente, conta com cerca de 8.000 alunos. A companhia educacional também prepara alunos para o Ensino Superior, o desenvolvimento pessoal e profissional, promove um ambiente de diversidade e busca criar impacto positivo nas comunidades do entorno.
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