MEC lança Formação de Professores para Acolhimento de Imigrantes e Refugiados
Secretaria de Educação básica disponibiliza capacitação gratuita para docentes em ambiente de aprendizagem virtual do ministério
A secretária-executiva adjunta do ministério da Educação, Sylvia Cristina Gouveia, lançou na quinta-feira (9) a “Formação de Professores para Acolhimento de Imigrantes e Refugiados”, uma iniciativa da Secretaria de Educação Básica do MEC, por meio da Diretoria de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação. A capacitação tem como objetivo proporcionar ao docente a oportunidade de conhecer e aprofundar os conhecimentos em relação à inserção das pessoas refugiadas e imigrantes ao ambiente escolar estrangeiro e multicultural no Brasil.
Durante o evento de lançamento da formação, a secretária-executiva adjunta, Sylvia Cristina Gouveia, destacou o histórico do Brasil relacionado ao recebimento de imigrantes e refugiados. “Dados indicam que nos últimos cinco anos nós recebemos cerca de 700 mil venezuelanos, dos quais pelo menos 326 mil decidiram permanecer em território nacional”, disse Sylvia Cristina ao ressaltar a nação brasileira como um país acolhedor.
Para o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Luiz Rabelo, o lançamento da “Formação de Professores para Acolhimento de Imigrantes e Refugiados” é o primeiro passo para uma ação que fará parte da política que está sendo desenvolvida na Secretaria voltada para programa direcionado aos imigrantes e aos refugiados no país. “E nesse ponto vamos trabalhar os profissionais da educação, com uma dimensão estratégica, e em breve teremos um feedback positivo desse trabalho, que é uma nossa necessidade em termos de país”, disse o secretário Mauro, que destacou três vertentes de atuação alinhadas com a temática: “acolher; integrar; pertencer”.
O diretor de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação, Renato Brito, apontou a importância da capacitação, que visa atender a dificuldade de acesso de crianças e adolescentes imigrantes e refugiados ao sistema escolar brasileiro, e que segundo ele, ocorre por diversos fatores – como barreiras burocráticas, sociais, econômicas, culturais e, principalmente, linguísticas. “E é nesse contexto que se insere a ‘Formação em Acolhimento para Imigrantes e Refugiados’, que está sendo ofertada pelo Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação Básica”, disse o diretor.
Renato Brito destacou também que dentro do rol de formações que hoje a SEB tem trabalhado, já ultrapassam mais de 3 mil horas em formação para a educação básica. “Então, é com muita alegria que lançamos hoje essa formação. É uma formação voltada para um caráter muito prático, tanto para os professores como para os gestores. Nós temos consciência dos desafios de receber esse público de imigrantes e refugiados nas escolas – e o MEC tinha que pensar uma política pública – e essa formação é uma parte dessa política, dentro de outros passos que estão sendo desenvolvidos com foco nesse público”, disse o diretor.
O coordenador-geral de Formação de Professores da Educação Básica, professor Alexandre Anselmo Guilherme, expressou a importância da ação ao dizer que: “essas pessoas enfrentam várias dificuldades até chegarem aos seus destinos, e sabemos a importância de incluí-las nas nossas escolas, nas redes de ensino e na nossa educação, para que possam – através da educação – tornarem-se cidadãos de fato do nosso país. Então, é a educação servindo como veículo de inclusão dessa população na nossa sociedade”.
Bernardo de Almeida Tannuri Lafaerte, coordenador-geral do Conare – Comitê Nacional para os Refugiados – órgão colegiado vinculado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e que delibera sobre as solicitações de reconhecimento da condição de refugiado no Brasil, ao parabenizar a formação de Professores para Acolhimento de Imigrantes e Refugiados do MEC, ressaltou a importância de políticas transversais para a temática de migração e refúgio no país. “Trabalhar em conjunto, não apenas no âmbito dos ministérios como também frente à sociedade brasileira, é o ponto alto de iniciativas como essa e que visam o acolhimento dessa população no nosso país”, disse o representante do Conare.
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