Unoeste incrementa estudos de antígenos a venenos de animais
Laboratório com equipamentos nacionais e importado é instalado com aporte da agência de fomento Fapesp
Em busca de descobrir novos antígenos contra venenos de cobras, aranhas e escorpiões o desenvolvimento de estudos científicos é incrementado na Unoeste com a criação e instalação do Laboratório de Toxinologia e Estudos Cardiovasculares (Latec), no campus 2 em Presidente Prudente. Iniciativa que tem o aporte financeiro de uma das principais agências de fomento da produção científica no Brasil, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). Algo que resulta em um espaço dotado de novas tecnologias para experiências de grande impacto acadêmico e social.
Equipamento importado da Itália
Dentre os equipamentos está o de sistema micrográfico multifuncional, importado da Itália. Ferramenta tecnológica que permite trabalhar com órgãos isolados, conforme o cientista responsável pelo novo laboratório Dr. Rafael Stuani Floriano. “É a primeira frente de estudos para caracterização de novas drogas, através de toxinas derivadas de desenvolvimento de animais”, explica e comenta que os novos recursos tecnológicos contribuem para capacitação técnica e formação de recursos humanos de alunos dos cursos de graduação e da pós-graduação.
O ganho social decorre do desenvolvimento de novas drogas, mediante a descoberta de novas moléculas com potencial terapêutico. Os principais projetos são relacionados aos venenos de jararaca, cascavel e coral. Na Unoeste, a produção científica conduzida pelo Dr. Rafael ocorre desde 2018, com pesquisas resultando em artigos publicados em revistas de alto impacto científico. Os acidentes com serpentes são parte das doenças tropicais negligenciadas e apenas no Brasil são mais de 20 mil casos por ano.
Estudo sobre veneno de jararaca
Visando ampliar os estudos, em 2020 houve o encaminhamento de solicitação de recursos à Fapesp. A aprovação ocorreu em 2021, culminando com a instalação do Latec agora em 2022. O primeiro projeto de pesquisa nesta nova etapa é o da médica carioca Fernanda Yumi Giglio Morimoto Couceiro que trocou a cidade grande, o Rio de Janeiro, pela tranquilidade do interior. Escolheu Presidente Prudente, onde atua na emergência das duas Unidades de Pronto Atendimento (Upas), mantidas pela Prefeitura.
Nas Upas é preceptora dos alunos do 5º ano do curso da Medicina da Unoeste e por conta dessa atuação acadêmica optou pelo mestrado em Ciências da Saúde, no qual é orientada pelo Dr. Rafael. Está envolvida no projeto que tem o aporte da Fapesp e realiza pesquisa sobre toxina (veneno) de jararaca amazônica que tem potencial de desenvolvimento de medicamento para tratar de doenças neurodegenerativas; ou seja: que atacam o sistema nervoso.
Iniciação científica e estágio
No momento, quatro alunas do curso de Biomedicina estão atuando no Latec. Larissa Peperaio Kozievitch, Poliana de Jesus Demico e Camila Diamante estão inserida em iniciação científica, enquanto Sofia Nicole Silva de Azevedo faz estágio. São alunas das modalidades de ensino integral, noturno e a distância. O Dr. Rafael conta que a Unoeste entrou com o espaço físico que foi preparado com bancada e instalações elétricas apropriadas para o laboratório, além de pintura e outras melhorias.
Os equipamentos foram comprados com recursos da Fapesp, num investimento de R$ 220 mil. Em espaço anexo está instalado o Laboratório de Avaliação Estrutural e Funcional Cardíaca, equipado com aparelho de ultrassom adaptado para pesquisas com ratos, utilizados como modelo experimental.
Dr. Rafael com as alunas Sofia, Fernanda, Larissa e Poliana (Foto: Homéro Ferreira)
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