TOD ou TDAH? Você Sabe Identificar?
Para Entender as Diferenças Entre Esses Transtornos, o Especialista Dr. Marcone Oliveira, Médico Neuropediatra e Orientador de Pais, vai nos explicar
Se você é pai,mãe , professor, ou se simplesmente ja estava em paz passeando no shopping e viu aquela criança chamando atenção, como se estivesse desobedecendo ou sendo agressivo com pai, mãe ou quem estivesse por perto, você já viu um exemplo de uma criança com provável Transtorno Opositor Desafiador (TOD), mas não é tão simples assim de identificarmos. Precisamos de mais, porque estes mesmos comportamentos podem ser birra da idade, como podem ser também praticados por crianças com TDAH.
Quem nos falará sobre as principais características e como identificar cada um deles, é o Dr. Marcone Oliveira, médico neurologista infantil, especialista em Transtornos do neurodesenvolvimento, em especial o TDAH e orientador de pais.
O Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é um transtorno que tem como caraterística um comportamento desobediente, que desafia as regras, as figuras e os símbolos de autoridade, como por exemplo, pai, mãe e professores, e na fase adulta esse comportamento, se não tratado, pode se agravar. Embora a causa seja desconhecida, especialistas e estudos apontam que, mais provavelmente, há uma combinação entre fatores ambientais e genéticos. E os sintomas costumam aparecer antes da criança completar os oitos anos de idade.
É preciso entender que o TOD não é uma birra, que é um comportamento comum nas crianças, mas que passa com a idade de forma natural. Ao contrário, o Transtorno Opositor Desafiador é um comportamento que deixa a criança sempre irritável e, muitas vezes, sem motivo, fazendo tudo para irritar os outros. E, apesar do tratamento ser de grande ajuda, o TOD é crônico, podendo durar por anos ou a vida toda.
Assim como o TOD, o TDAH também é um transtorno crônico e, geralmente começa na infância, podendo continuar na vida adulta. Quando a criança não passa por um tratamento adequado ela terá problemas no desenvolvimento escolar, e na vida adulta terá relacionamentos problemáticos, mal desempenho nos estudos superiores, no trabalho e na vida social. Embora sejam transtornos diferentes, é comum a confusão entre TOD e TDAH.
Com muita frequência vejo pais perdidos sem saber se os filhos realmente tem TDAH ou TOD. Essas características podem ajudar a diferenciar um do outro. A criança com TOD se irrita com mais facilidade, é vingativa, não sabe tolerar o sentimento de frustração, além de ter um comportamento desafiador. Já a criança com TDAH é impulsiva, tem dificuldade de prestar atenção, mas também pode ter um hiperfoco, além da dificuldade para controlar movimento e ações. Claro que, para o diagnóstico correto, você vai precisar de uma consulta médica especializada, mas conhecer os sinais e sintomas já pode ser de grande ajuda – Explica o Dr. Marcone Oliveira.
O TOD, para ser diagnosticado, se observa ao menos quatro dos seguintes sintomas:
- Explosões de raiva frequentes, às vezes sem motivo
- Não assume os próprios erros, culpando os outros por tais erros
- Desafia e enfrenta pessoas mais velhas e figuras de autoridade
- Não obedecem às regras
- Apresenta atitudes e comportamentos apenas para aborrecer os outros
Os sintomas do TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade), como o próprio nome diz, incluem falta de atenção, hiperatividade e impulsividade. O seu diagnóstico é clínico, sendo responsável um médico especialista em TDAH.
Embora não entre na lista dos critérios diagnósticos, a labilidade emocional é uma característica da criança com TDAH; essa alteração emocional aparece em outros transtornos e por isso ela não é considerada no diagnóstico. A criança com TDAH tem um limiar de frustação muito baixo, por isso ela se irrita muito fácil – Alerta o Dr. Marcone Oliveira.
CREDITOS:
Dr. Marcone Oliveira é Médico Pediatra, com especialização em Neurologia Infantil pela Universidade Federal do Paraná - UFPR. Possui também Graduação em Farmácia pela Universidade Vale do Rio Doce; é Mestre em Ciências Fonoaudiológicas pela UFMG.
Atualmente é Diretor Clínico da Clínica Proevoluir - Médico Neuropediatra.
É Pai do Augusto e da Olga.
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